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Dados dos EUA e crise na Grécia elevam aversão a risco

São Paulo - O tom negativo voltava a prevalecer nos principais mercados financeiros globais nesta quarta- feira, após fracos dados nos Estados Unidos e persistentes temores com a Grécia minarem o sentimento do mercado e praticamente anularem os ganhos das bolsas de valores registrados na véspera. A queda superior a 1 por cento nos principais […]

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 14h00.

São Paulo - O tom negativo voltava a prevalecer nos principais mercados financeiros globais nesta quarta- feira, após fracos dados nos Estados Unidos e persistentes temores com a Grécia minarem o sentimento do mercado e praticamente anularem os ganhos das bolsas de valores registrados na véspera.

A queda superior a 1 por cento nos principais índices de ações nova-iorquino recolocava a Bovespa na mínima em 11 meses, enquanto a valorização do dólar no exterior se estendia às operações locais.

O humor de investidores era azedado por novos dados indicando fraqueza na recuperação dos Estados Unidos e também leituras de inflação acima do esperado.

O Departamento de Trabalho do país informou que o índice de preços ao consumidor excluindo alimentos e energia subiu 0,3 por cento, alta mais acentuada desde julho de 2008, depois do avanço de 0,2 por cento em abril.

Outros dados, do Federal Reserve, mostraram que o índice de atividade manufatureira do Estado de Nova York caiu pela primeira vez desde novembro, surpreendendo economistas, que esperavam uma alta.

A incerteza com relação à Grécia era outro fator que prejudicava o apetite por risco. O euro recuava à mínima em duas semanas e meia ante o dólar, reagindo à falta de clareza sobre como e se investidores privados vão participar de um novo socorro a Atenas.

Os players também repercutiam a ameaça da Moody's de rebaixar bancos frances devido à sua exposição à dívida grega, alimentando temores de contágio da crise.

Em entrevista a uma TV estatal, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, propôs a formação de um governo de unidade nacional para dar suporte aos resgates financeiros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.

De volta ao Brasil, investidores receberam com discrição o crescimento de 0,44 por cento no índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) em abril sobre março. O BC também informou que o fluxo cambial ao Brasil ficou negativo em 2,936 bilhões de dólares em junho até o dia 10, segundo informou o BC.

As projeções de juros de vencimento mais curto mantinham o padrão dos últimos dias e operavam perto da estabilidade, com as atenções ainda voltadas para a divulgação da ata da última reunião de política monetária, prevista para quinta-feira.

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