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Dados de mercado de trabalho nos EUA fazem juros subirem

A recuperação da economia norte-americana traz de volta o debate sobre a influência externa para a inflação brasileira


	Às 9h41, o contrato de DI futuro para julho de 2013 era negociado na máxima, a 7,43%, de 7,41% do ajuste de ontem
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Às 9h41, o contrato de DI futuro para julho de 2013 era negociado na máxima, a 7,43%, de 7,41% do ajuste de ontem (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2013 às 11h03.

São Paulo - Após abrir em queda em praticamente todos os contratos, em reação à produção industrial no Brasil mais fraca do que a esperada, os juros futuros inverteram o rumo e passaram a subir com os dados melhores do que o esperado do mercado de trabalho nos Estados Unidos.

A economia norte-americana criou 165 mil empregos em abril, acima da previsão de 148 mil novas vagas. O desemprego caiu para 7,5% no mesmo mês, ante expectativa de 7,6%.

Às 9h41, o contrato de DI futuro para julho de 2013 era negociado na máxima, a 7,43%, de 7,41% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2014 avançava para 7,90%, de 7,87% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 subia a 8,23%, de 8,19% de ontem.

A recuperação da economia norte-americana traz de volta o debate sobre a influência externa para a inflação brasileira. Esse ponto ganhou relevância desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que colocou peso maior na economia internacional do que nos dados domésticos.

Até a manhã de hoje, o quadro era de fragilidade na Europa e desaceleração na China. A retomada nos EUA, no entanto, equilibra o cenário e permite a incorporação de prêmios na curva a termo brasileira.

Com isso, voltam a ganhar força as apostas de aceleração do ritmo de alta da Selic, para 0,50 ponto porcentual na reunião do Copom de maio, mesmo com a fragilidade da indústria brasileira.


A produção industrial aumentou 0,70% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, divulgou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio próximo do piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de 0,50% a 2,10%) e abaixo da mediana de 1,30%.

Vale destaque também a publicação do decreto de programação orçamentária e financeira de 2013, no Diário Oficial da União desta sexta-feira, que confirma a meta de superávit primário de R$ 108,091 bilhões para o governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) para 2013, o equivalente a 2,15% do PIB.

Mais cedo, a confiança do empresário do comércio evoluiu desfavoravelmente em abril, quando avaliado em médias móveis.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), para o trimestre encerrado em abril, foi de -2,9,%, em comparação ao resultado do mesmo período do ano anterior, a quarta piora consecutiva do indicador. Em março, a taxa havia sido de -2,3% na mesma base de comparação.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,28% em abril. Em março, o IPC havia apresentado uma queda de 0,17%.

O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou dentro do intervalo das estimativas de 21 instituições do mercado financeiro consultadas pelo AE Projeções, que oscilavam entre altas de 0,18% e 0,28%, com mediana em 0,25%.

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