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CVM pede detalhes de fim de conversa entre Oi e credores

CVM pediu que Oi detalhe como se deu o fim da negociação com os credores que poderia ter evitado o pedido de recuperação judicial

Oi: CVM investiga se houve atuação do conselho de administração em sentido contrário aos interesses da empresa (REUTERS/Nacho Doce)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2016 às 09h59.

Rio - A Comissão de Valores Mobiliários ( CVM ) pediu que a Oi detalhe os passos que levaram a companhia a declinar a proposta de negociação de seus credores, que poderia ter evitado sua recuperação judicial .

O órgão regulador também inquiriu a empresa sobre a renúncia de Bayard Gontijo, ex-presidente da Oi, no início de junho.

O que está no radar da CVM é se houve atuação de membros do conselho de administração em sentido contrário aos interesses da companhia.

Nos ofícios enviados à Oi, a autarquia cita notícias mencionando que a resistência a aceitar o acerto foi liderada pelos membros eleitos pela Pharol, a antiga Portugal Telecom, por meio da subsidiária Bratel.

A tele portuguesa é a principal acionista da Oi, com 22,24% de seu capital votante.

A proposta da Oi para os bondholders (detentores de bônus) previa um desconto de cerca de 70% do principal de suas dívidas. Na contraproposta feita à Oi, esses credores exigiram ficar com 95% das ações na troca de uma parte da dívida por participação na Oi.

A resistência dos conselheiros à contraproposta dos bondholders se justificaria pelo fato de a operação significar uma diluição da fatia da Pharol na Oi.

Em reclamação enviada à CVM, um acionista da Oi menciona a atuação do conselheiro Rafael Luis Mora Funes, também membro do conselho e da comissão executiva da Pharol.

Funes é um dos cinco na lista de nomes cuja destituição poderá ser discutida em assembleia extraordinária pedida na última quinta-feira o pelo fundo Societé Generale, que reúne novos acionistas da Oi, com 6,6% do capital da companhia.

A CVM pede que a Oi se manifeste sobre a veracidade das informações. Também pede o envio da cronologia das tratativas que culminaram na renúncia de Gontijo: reuniões, contatos (oficiais e informais), discussões, tomadas de decisão e divulgações de informações que se relacionaram com o assunto.

A autarquia quer ver atas de reuniões e a lista de seus participantes, incluindo bancos, advogados e assessores contratados para assessorar a Oi.

No mercado, a saída de Gontijo, no dia 8 de junho, foi atribuída justamente à discordância da Pharol em entregar os 95% da companhia aos credores.

Além de acompanhar os fatos recentes envolvendo a Oi, a CVM investiga em dois inquéritos a reestruturação societária da companhia, que previa a fusão com a PT, e a oferta de ações realizada em 2014 para viabilizar a união.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Rio - A Comissão de Valores Mobiliários ( CVM ) pediu que a Oi detalhe os passos que levaram a companhia a declinar a proposta de negociação de seus credores, que poderia ter evitado sua recuperação judicial .

O órgão regulador também inquiriu a empresa sobre a renúncia de Bayard Gontijo, ex-presidente da Oi, no início de junho.

O que está no radar da CVM é se houve atuação de membros do conselho de administração em sentido contrário aos interesses da companhia.

Nos ofícios enviados à Oi, a autarquia cita notícias mencionando que a resistência a aceitar o acerto foi liderada pelos membros eleitos pela Pharol, a antiga Portugal Telecom, por meio da subsidiária Bratel.

A tele portuguesa é a principal acionista da Oi, com 22,24% de seu capital votante.

A proposta da Oi para os bondholders (detentores de bônus) previa um desconto de cerca de 70% do principal de suas dívidas. Na contraproposta feita à Oi, esses credores exigiram ficar com 95% das ações na troca de uma parte da dívida por participação na Oi.

A resistência dos conselheiros à contraproposta dos bondholders se justificaria pelo fato de a operação significar uma diluição da fatia da Pharol na Oi.

Em reclamação enviada à CVM, um acionista da Oi menciona a atuação do conselheiro Rafael Luis Mora Funes, também membro do conselho e da comissão executiva da Pharol.

Funes é um dos cinco na lista de nomes cuja destituição poderá ser discutida em assembleia extraordinária pedida na última quinta-feira o pelo fundo Societé Generale, que reúne novos acionistas da Oi, com 6,6% do capital da companhia.

A CVM pede que a Oi se manifeste sobre a veracidade das informações. Também pede o envio da cronologia das tratativas que culminaram na renúncia de Gontijo: reuniões, contatos (oficiais e informais), discussões, tomadas de decisão e divulgações de informações que se relacionaram com o assunto.

A autarquia quer ver atas de reuniões e a lista de seus participantes, incluindo bancos, advogados e assessores contratados para assessorar a Oi.

No mercado, a saída de Gontijo, no dia 8 de junho, foi atribuída justamente à discordância da Pharol em entregar os 95% da companhia aos credores.

Além de acompanhar os fatos recentes envolvendo a Oi, a CVM investiga em dois inquéritos a reestruturação societária da companhia, que previa a fusão com a PT, e a oferta de ações realizada em 2014 para viabilizar a união.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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