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CVM: baixo número de cias abertas abre espaço para bolha

"Não acredito que esteja acontecendo agora, mas pode acontecer", esclareceu Luciana Dias, diretora do órgão

A diretora da CVM defendeu a abertura de empresas pequenas e médias na bolsa (Marcel Salim/EXAME.com)

A diretora da CVM defendeu a abertura de empresas pequenas e médias na bolsa (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 17h31.

Londres - A diretora da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Luciana Dias disse hoje que o número restrito de companhias com capital aberto no País abre espaço para o surgimento de bolha no mercado de ações. "Não acredito que esteja acontecendo agora, mas pode acontecer", disse.

Como existem menos de 400 empresas listadas na BM&FBovespa, toda a pressão dos investidores fica canalizada para elas. Luciana acredita que é preciso estimular a abertura de capital de companhias pequenas e médias também, de forma a criar uma nova fonte de financiamento e tornar o mercado mais profundo.

Conforme a diretora, as ofertas inicias de ações (IPOs) são protagonizadas apenas pelas grandes companhias e coordenadas por bancos de porte. Ela exemplificou que o valor médio dos IPOs no Brasil no ano passado foi de US$ 418 milhões por operação, muito acima do registrado, por exemplo, no Canadá (US$ 27 milhões) e na Austrália (US$ 13 milhões).

Luciana também alertou para o fato de que a liquidez no mercado de ações brasileiro, apesar de ter aumentado nos últimos anos, ainda está "aquém da necessidade da economia". Outro ponto a melhorar é o volume de negócios no mercado de dívida corporativa, ainda considerado baixo, conforme a diretora. Luciana participou hoje do Best Best Brazil, evento realizado pela BM&FBovespa para promover o País aos investidores estrangeiros em Londres.

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