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Crescem apostas em corte da Selic com fraqueza na retomada

Aumentaram as apostas que o Banco Central irá reduzir a Selic dos atuais 8% para 7,25% em outubro

Tombini, do Banco Central, que organiza o Copom: até 27 de julho, a previsão era de um corte de 50 pontos base, ou 0,5 ponto percentual (Jonathan Ernst/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2012 às 09h37.

São Paulo - Operadores do mercado futuro de juros estão prevendo cortes maiores na taxa básica de juros com sinais cada vez maiores de que o governo não está fazendo o suficiente para garantir a retomada do crescimento econômico.

As taxas dos contratos de juros futuros para janeiro caíram para o nível recorde de 7,36 por cento ontem, após a produção industrial ficar abaixo das estimativas de analistas. O dado impulsionou apostas que o Banco Central irá reduzir a Selic dos atuais 8 por cento para 7,25 por cento em outubro. Até 27 de julho, a previsão era de um corte de 50 pontos base, ou 0,5 ponto percentual.

Em junho, a produção industrial aumentou a um ritmo menor que o previsto pela mediana dos 41 analistas consultados pela Bloomberg. Foi o mais recente sinal de que o crescimento não está conseguindo ganhar fôlego. Desde agosto, o governo brasileiro realizou o maior corte de juros entre todos os integrandes do Grupo dos 20, além de expandir benefícios fiscais e pressionar bancos estatais a aumentar a oferta de crédito. Mesmo assim, analistas consultados para a pesquisa Focus do BC continuam prevendo crescimento de 1,9 por cento do Produto Interno Bruto neste ano, menor ritmo desde 2009 e menos da metade da expansão prevista para a Rússia e para a China.

“É uma coleção de pequenos gestos, nenhum dos quais parece ter causado grande impacto”, disse Daniel Snowden, analista de mercados emergentes da Informa Global Markets, em entrevista por telefone de Londres. “Todas essas medidas somadas podem significar um ótimo ano em 2013. Mas no curto prazo, esses pequenos gestos não parecem ser o suficiente para inspirar confiança em ninguém.”

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Em junho, a produção industrial aumentou a um ritmo menor que o previsto pela mediana dos 41 analistas consultados pela Bloomberg. Foi o mais recente sinal de que o crescimento não está conseguindo ganhar fôlego. Desde agosto, o governo brasileiro realizou o maior corte de juros entre todos os integrandes do Grupo dos 20, além de expandir benefícios fiscais e pressionar bancos estatais a aumentar a oferta de crédito. Mesmo assim, analistas consultados para a pesquisa Focus do BC continuam prevendo crescimento de 1,9 por cento do Produto Interno Bruto neste ano, menor ritmo desde 2009 e menos da metade da expansão prevista para a Rússia e para a China.

“É uma coleção de pequenos gestos, nenhum dos quais parece ter causado grande impacto”, disse Daniel Snowden, analista de mercados emergentes da Informa Global Markets, em entrevista por telefone de Londres. “Todas essas medidas somadas podem significar um ótimo ano em 2013. Mas no curto prazo, esses pequenos gestos não parecem ser o suficiente para inspirar confiança em ninguém.”

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