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Credit Suisse compensa perda de receita de IPO com fundo

O menor faturamento, porém, foi compensado por outros negócios, como fundos de investimento, private banking, operações estruturadas de crédito e a corretora

O Credit é um dos bancos mais ativos em aberturas de capital, emissão de ações e fusões e aquisições (Fabrice Coffrini/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 17h34.

São Paulo - O Credit Suisse teve perda de receita por conta da redução dos lançamentos de ações e abertura de capital de empresas brasileiras este ano. O menor faturamento, porém, foi compensado por outros negócios, como fundos de investimento, private banking, operações estruturadas de crédito e a corretora, segundo o corresponsável pelo banco de investimento do Credit no Brasil, José Olympio Pereira.

O banco suíço chegou a R$ 25 bilhões em ativos sob gestão. Na área de private banking, são administrados R$ 38 bilhões de 11 mil clientes. "Na corretora, ganhamos market share enquanto o mercado diminuiu", disse ele. De janeiro a novembro, a participação é de 12,4%.

Marcelo Kayath, corresponsável pelo banco de investimentos do Credit, destaca que a instituição tem uma vantagem em relação aos seus competidores estrangeiros. O governo suíço foi o primeiro a exigir um ajuste dos bancos, que agora estão capitalizados. Só de capital nível 1 (ou "tier one", formado por recursos mais líquidos e de maior qualidade, como lucro retido), o Credit tem índice de 17%. "É um dos maiores do mundo", disse o executivo à imprensa em almoço promovido pelo banco.

Em vantagem

Como já fez os ajustes necessários, Kayath avalia que o Credit está em vantagem em relação a bancos americanos e de outros países europeus que ainda vão precisar passar por ajustes. Na Europa, o Credit fez cortes recentes, mas o executivo descarta o mesmo movimento no Brasil. Em novembro, o banco anunciou a demissão global de 1,5 mil executivos até o final de 2013. No Brasil, a instituição descarta entrar em novas áreas de negócios. "Queremos continuar o que estamos fazendo. Tivemos um 2011 muito bem-sucedido", disse Pereira.


O Credit é um dos bancos mais ativos em aberturas de capital, emissão de ações e fusões e aquisições. Números divulgados hoje mostram que, no período 2005/2011, o banco participou de 130 lançamentos de ações, que movimentaram US$ 29,6 bilhões. Em IPOs, foram estruturadas 66 operações, levantando US$ 17,9 bilhões. Já em fusões, foram 184 operações, que movimentaram US$ 156,4 bilhões.

Para 2012, o banco mostra cautela nas previsões para o mercado de lançamentos de ações. Kayath vê um mercado "difícil" e "seletivo". "Vários IPOs não vão sair porque o mercado estará extremamente seletivo", avalia. No entanto, o executivo acredita que podem ter emissões já no primeiro trimestre do ano que vem, desde que sejam empresas de setores "defensivos" e com preços "convidativos".

Mas mesmo neste cenário, o executivo destaca que o investidor está interessado em bons papéis e boas operações vão encontrar mercado. Ele cita um exemplo recente. O Credit ajudou o Santander Chile a fazer uma oferta de ações este mês que teve demanda quatro vezes maior do que a oferta.

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São Paulo - O Credit Suisse teve perda de receita por conta da redução dos lançamentos de ações e abertura de capital de empresas brasileiras este ano. O menor faturamento, porém, foi compensado por outros negócios, como fundos de investimento, private banking, operações estruturadas de crédito e a corretora, segundo o corresponsável pelo banco de investimento do Credit no Brasil, José Olympio Pereira.

O banco suíço chegou a R$ 25 bilhões em ativos sob gestão. Na área de private banking, são administrados R$ 38 bilhões de 11 mil clientes. "Na corretora, ganhamos market share enquanto o mercado diminuiu", disse ele. De janeiro a novembro, a participação é de 12,4%.

Marcelo Kayath, corresponsável pelo banco de investimentos do Credit, destaca que a instituição tem uma vantagem em relação aos seus competidores estrangeiros. O governo suíço foi o primeiro a exigir um ajuste dos bancos, que agora estão capitalizados. Só de capital nível 1 (ou "tier one", formado por recursos mais líquidos e de maior qualidade, como lucro retido), o Credit tem índice de 17%. "É um dos maiores do mundo", disse o executivo à imprensa em almoço promovido pelo banco.

Em vantagem

Como já fez os ajustes necessários, Kayath avalia que o Credit está em vantagem em relação a bancos americanos e de outros países europeus que ainda vão precisar passar por ajustes. Na Europa, o Credit fez cortes recentes, mas o executivo descarta o mesmo movimento no Brasil. Em novembro, o banco anunciou a demissão global de 1,5 mil executivos até o final de 2013. No Brasil, a instituição descarta entrar em novas áreas de negócios. "Queremos continuar o que estamos fazendo. Tivemos um 2011 muito bem-sucedido", disse Pereira.


O Credit é um dos bancos mais ativos em aberturas de capital, emissão de ações e fusões e aquisições. Números divulgados hoje mostram que, no período 2005/2011, o banco participou de 130 lançamentos de ações, que movimentaram US$ 29,6 bilhões. Em IPOs, foram estruturadas 66 operações, levantando US$ 17,9 bilhões. Já em fusões, foram 184 operações, que movimentaram US$ 156,4 bilhões.

Para 2012, o banco mostra cautela nas previsões para o mercado de lançamentos de ações. Kayath vê um mercado "difícil" e "seletivo". "Vários IPOs não vão sair porque o mercado estará extremamente seletivo", avalia. No entanto, o executivo acredita que podem ter emissões já no primeiro trimestre do ano que vem, desde que sejam empresas de setores "defensivos" e com preços "convidativos".

Mas mesmo neste cenário, o executivo destaca que o investidor está interessado em bons papéis e boas operações vão encontrar mercado. Ele cita um exemplo recente. O Credit ajudou o Santander Chile a fazer uma oferta de ações este mês que teve demanda quatro vezes maior do que a oferta.

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