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Correção de preço do petróleo é iminente, diz Morgan Stanley

O mercado tem “uma severa oferta excedente” de gasolina, o que provocará um efeito negativo sobre os preços a partir do mês que vem, calculam analistas do banco


	Petróleo: analistas preveem “tendências preocupantes” para a oferta e a demanda de petróleo
 (Karen Bleier/AFP)

Petróleo: analistas preveem “tendências preocupantes” para a oferta e a demanda de petróleo (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2016 às 16h33.

Prepare-se para a queda dos preços do petróleo.

O mercado internacional de petróleo tem “uma severa oferta excedente” de gasolina -- com os estoques mais altos em cinco anos --, o que provocará um efeito negativo sobre os preços do petróleo a partir do mês que vem, calculam analistas do Morgan Stanley liderados por Adam Longson.

Em relatório publicado no domingo, os analistas preveem “tendências preocupantes” para a oferta e a demanda de petróleo, porque as refinarias estão gerando gasolina demais nos últimos meses.

Diante da necessidade de reduzir a utilização da capacidade para proteger as margens de lucro, essas refinarias deverão diminuir as aquisições de petróleo e, assim, derrubar os preços, dizem os analistas.

“A demanda por petróleo tem uma tendência menor que a demanda por produtos refinados pela primeira vez em três anos”, escrevem eles.

“As refinarias são o verdadeiro consumidor de petróleo e a demanda por petróleo é, em última análise, mais importante que a demanda agregada por produtos refinados para o equilíbrio do petróleo. Devido ao excesso de oferta nos mercados de produtos refinados, à queda das margens de refino e aos cortes econômicos de produção, esperamos que a demanda por petróleo caia ainda mais nos próximos meses”.

A abundância de gasolina pode pesar significativamente sobre os preços do petróleo, que foram elevados nas últimas semanas devido a distúrbios de oferta e à demanda saudável por combustível nos mercados emergentes.

O excesso de gasolina também significa que as refinarias podem fechar suas portas mais cedo e por mais tempo que o normal durante a tradicional paralisação da produção no verão do Hemisfério Norte, tirando ainda mais demanda do mercado.

Em relatório publicado na segunda-feira, analistas do Citigroup também comentam a questão do refino.

“As margens das refinarias estão sob pressão devido à queda dos craqueamentos da gasolina em um momento em que o forte crescimento da demanda por gasolina tem encontrado uma oferta ainda mais forte das refinarias”, escrevem analistas do Citi liderados por Aakash Doshi.

Eles acreditam que o elevado estoque de petróleo e derivados, as preocupações macro e o dólar mais forte são forças contrárias aos preços do petróleo.

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