Mercados

Bolsas começam semana em queda com avanço de vírus na Ásia e na Itália

Em dia de feriado no Brasil, ações começam a segunda-feira em queda pelo mundo com Coronavírus afetando indústria na Itália e na Coreia do Sul

Itália confirma mais casos de coronavírus  (Dinuka Liyanawatte/Reuters)

Itália confirma mais casos de coronavírus (Dinuka Liyanawatte/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 24 de fevereiro de 2020 às 10h23.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2020 às 11h47.

Os mercados globais de ações e o petróleo caem esta segunda-feira (24).

O ouro, tido como ativo-refúgio aprecia e as 'yields' do Tesouro dos EUA atingiram o nível mais baixo desde meados de 2016, com casos de coronavírus a propagarem-se para fora da China, ensombrando as perspectivas de crescimento mundial.

A Europa foi afetada esta manhã, com Itália caindo mais de 4% depois de um pico nos casos do vírus ter deixado partes do norte industrial do país virtualmente encerradas. Isso fez Milão registar o seu pior dia desde 2016.

Frankfurt e Paris caíram mais de 3% e o FTSE de Londres caiu 2,5%, o que significa que pelo menos 350 mil milhões de dólares foram apagados do valor de mercado da região.

A fuga para a segurança foi igualmente retumbante. O ouro aprecia 2,5%, atingindo um máximo de sete anos nos 1.680 dólares por onça, elevando os seus ganhos no ano acima dos 10%.

Ásia

Os principais índices acionários da Ásia também começaram a segunda em queda, uma vez que um aumento nas infecções por coronavírus e mortes fora da China continental ofuscaram as garantias de Pequim de que vai acelerar os esforços para ajudar a conter o golpe à sua economia.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,4%, a 4.132 pontos, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,28%, a 3.031 pontos.

A confiança do investidor foi abalada depois que a Coreia do Sul, a quarta maior economia da Ásia, colocou o país em alerta alto uma vez que o número de infecções saltou para mais de 700 e as mortes subiram para sete. O epicentro do vírus no país asiático, a cidade de Daigu, é um pólo industrial coreano.

Em Seul, capital da Coréia do Sul, o índice Kospi teve desvalorização de 3,87%, a 2.079 pontos. As ações da Samsung caíram 4,1%, enquanto as da Hyundai caiu 4,3%.

Ações de Milão chegam ao mínimo de 3 semanas

O índice pan-europeu STOXX 600 segue a cair 2,5%, ao ritmo de maior perda percentual desde Outubro, com todos os principais índices regionais a perder mais de 2%.

As ações de Milão caem 3,7% para o menor nível em quase três semanas, com Itália a registar o maior surto de casos de coronavírus na Europa, com três pessoas a morrerem da doença desde sexta-feira e mais de 150 casos relatados.

Entre os piores desempenhos no STOXX 600 estiveram as ações aéreas, com a EasyJet, Ryanair, Air France e Lufthansa a caírem entre 7% e 11%. O índice de viagens e lazer da Europa segue a cair 4%.

 

 

Acompanhe tudo sobre:AçõesCoronavírusInvestidoresItália

Mais de Mercados

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Ibovespa fecha perto da estabilidade após corte de gastos e apagão global

Mais na Exame