Companhias que mais faturaram na pandemia já perderam US$ 1,5 trilhão em valor desde então
Apenas sete das 50 maiores empresas vencedoras de 2020 ganharam valor de mercado
Repórter colaborador
Publicado em 14 de maio de 2024 às 15h05.
Última atualização em 14 de maio de 2024 às 15h20.
A pandemia de covid-19 ficou para trás. Empresas que ficaram famosas naquele período, como o Zoom, ganharam dinheiro como nunca. Entretanto, esse período de bonança também parece que faz parte do passado.
Segundo o Financial Times , 50 companhias que se destacaram na pandemia perderam cerca de US$ 1,5 trilhão em valor de mercado desde o final de 2020, ao mesmo tempo que investidores passaram a se desinteressar por essas ações.
De acordo com dados da S&P Global, as empresas de tecnologia dominaram a lista das 50 que registaram os maiores ganhos percentuais em 2020.
A empresa de videoconferência Zoom, cujas ações subiram até 765% em 2020 à medida que as empresas mudaram para o trabalho remoto, foi uma das maiores perdedoras. As suas ações caíram cerca de 80%, o equivalente a uma perda de mais de US$ 77 bilhões no valor de mercado desde o final daquele ano.
A fabricante de bicicletas ergométricas Peloton foi outra grande perdedora, com as ações caindo mais de 97% desde o final de 2020, o equivalente a uma perda de valor de mercado de cerca de US$ 43 bilhões.
Esses prejuízos ocorrem num momento em que a forte aceleração de tendências como a videoconferência e as compras online, impulsionadas pelos confinamentos, se revelou menos duradoura do que o esperado, à medida que mais trabalhadores voltaram para o escritório e as elevadas taxas de juro e custos de vida atingem também o comércio eletrónico.
Segundo a reportagem do FT, em termos percentuais, a Tesla foi a maior vencedora de 2020. O valor de mercado do fabricante de automóveis eléctricos saltou 787%, para US$ 669 bilhões, no final de dezembro daquele ano, mas desde então caiu para US$ 589 bilhões.
Apenas sete das 50 maiores empresas vencedoras de 2020 ganharam valor de mercado: a montadora chinesa BYD, o grupo de segurança cibernética CrowdStrike, as empresas de software The Trade Desk e Datadog, a T-Mobile, a empresa chinesa de tecnologia CATL e o Mercado Livre.