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Commodities têm maior queda em 18 meses

O ouro atingiu uma mínima de dois anos e meio e o petróleo despencou 3 %


	Ouro: o ouro e a prata recuaram para uma mínima de setembro de 2010 após Bernanke afirmar que o Fed começaria a reduzir os 85 bilhões de dólares em compras mensais de títulos ainda neste ano.
 (Mario Tama/Getty Images)

Ouro: o ouro e a prata recuaram para uma mínima de setembro de 2010 após Bernanke afirmar que o Fed começaria a reduzir os 85 bilhões de dólares em compras mensais de títulos ainda neste ano. (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2013 às 15h59.

Nova York - As commodities sofreram sua maior liquidação em um ano e meio nesta quinta-feira, com dados chineses sombrios e devido ao plano do Banco Central dos EUA de reduzir gradualmente seu programa de estímulos à economia, o que prejudica as perspectivas para o crescimento global.

O ouro atingiu uma mínima de dois anos e meio e o petróleo despencou 3 %. Os preços do cobre recuaram para os menores níveis em 20 meses, enquanto o alumínio e o níquel caíram para mínimas de vários anos, por temores sobre uma desaceleração da atividade industrial na China, maior comprador mundial de metais.

Os mercados agrícolas tampouco foram poupados, com o milho, o trigo e a soja recuando, e o açúcar e o café renovando mínimas de vários anos.

Uma alta generalizada do dólar, impulsionado por um plano do chairman do Fed, Ben Bernanke, de possivelmente encerrar seu programa de estímulo, gerou fortes quedas nas commodities negociadas na moeda norte-americana.

"A queda de hoje é uma para os livros de história, pelo menos para o ouro", disse o analista da INTL FC Stone, Edward Meir.

O índice de 19 commodities da Thomson Reuters-Jefferies CRB recuou mais de 2,5 %, queda mais acentuada desde dezembro de 2011.


O ouro e a prata recuaram para uma mínima de setembro de 2010 após Bernanke afirmar que o Fed começaria a reduzir os 85 bilhões de dólares em compras mensais de títulos ainda neste ano.

A inundação de dinheiro que o Fed criou desde a crise financeira de 2008/2009 contribuiu fortemente com as altas no ouro e nas outras commodities. Bernanke indicou que o programa de estímulos poderia ser encerrado até meados de 2014 caso a economia dos EUA esteja forte o suficiente.

As observações do chairman foram muito além de um comunicado dos formuladores de políticas no início da quarta-feira após uma reunião que durou dois dias, e que dizia que o Banco Central continuará a realizar comprar de títulos no momento e "acompanhará de perto as informações recebidas sobre a evolução econômica e financeira nos próximos meses." "Assim que o Banco Central dos EUA começar a diminuir suas compras de títulos, devemos a ver um dólar mais forte. As commodities que são precificadas em dólar tendem a enfraquecer neste tipo de ambiente", disse Lee Chen Hoay, analista de investimentos na Phillip Futures em Cingapura.

As fortes vendas do ouro aceleraram após a commodity recuar abaixo de sua mínima de abril de 1.321 dólares por onça, um nível de apoio, e atingir 1.285 dólares.

Às 14h (horário de Brasília), o spot recuava para 1.291 dólares por onça.


Os futuros do petróleo Brent recuavam mais de 3 dólares por barril, para a mínima de uma semana, perto de 103 dólares por barril, pressionados por uma pesquisa apontando uma desaceleração da economia chinesa.

Em Nova York, o primeiro contrato do petróleo perdia 2,7 % e era negociado a 95,52 dólares por barril, após fechar a sessão anterior a 98,24 dólares.

A queda do cobre foi parcialmente causada por uma alta dos estoques do metal nos armazéns monitorados pela Bolsa de Metais de Londres. Os estoques estão em seu maiores níveis de cerca de 10 anos, contribuindo para a queda de 14 % nos preços neste ano.

O contrato referência de três meses do cobre na LME recuou para 6.750 por tonelada, menor nível desde 20 de outubro de 2011.

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