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Comitê é lançado para discutir o futuro do mercado de capitais

Idealizado por ex-presidente da CVM, grupo deve manter discussões permanentes sobre gargalos do mercado e possíveis soluções

Gustavo Tavares Borba -- Diretor do Colegiado da CVM, Thomás Tosta de Sá -- Presidente do Codemec, Eliane Aleixo Lustosa -- Diretora da área de investimentos do BNDES e Flavio Rocha -- presidente da Riachuelo (Ivan Almeida/DivulgaçãoCodemec/Divulgação)

Rita Azevedo

Publicado em 7 de dezembro de 2017 às 15h11.

Última atualização em 7 de dezembro de 2017 às 15h28.

São Paulo -- Foi lançado nesta quinta-feira, em São Paulo, o Comitê para o Desenvolvimento do Mercado de Capitais (Codemec).

O grupo, idealizado por Thomás Tosta de Sá, ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), deve manter um fórum de discussão permanente para analisar e propor soluções para os principais gargalos do mercado, como a dificuldade de acesso de empresas e as barreiras de entrada aos novos investidores.

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“O nosso foco será discutir as demandas dos empresários e investidores diretamente com representantes dos órgãos públicos responsáveis”, explicou Sá, durante o evento de lançamento do comitê, que reuniu representantes de entidades como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), B3 (novo nome da bolsa brasileira) e CVM.

O plano de criar o Codemec, segundo Sá, surgiu há poucos meses, após a extinção do Instituto Ibmec, que até então era presidido por ele. A ideia foi concretizada com a melhora gradual dos indicadores econômicos e com a redução da taxa básica de juros, que tornam os investimentos em renda variável mais atrativos.

“Em cenários inflacionários, com juros altos e empresas financiadas exclusivamente pelo BNDES, é impossível para o mercado de capitais entrar na competição”, disse Sá, em entrevista ao Site EXAME. “Felizmente, esse cenário está mudando e abrindo espaço para que tal mercado seja o grande financiador da economia e do desenvolvimento social do país.”

A expectativa é que diversos agentes de mercado, como associações empresariais e de investidores, e a própria bolsa brasileira, façam parte do grupo. “Todos os agentes da sociedade que desejarem dele participar são e serão muitíssimo bem-vindos”, disse.

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