Intermédica: a grande questão continua sendo o preço. Investidores permanecem exigentes e não aceitam participar das ofertas a qualquer custo (Intermédica Notredame/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2018 às 07h06.
Última atualização em 25 de abril de 2018 às 18h10.
Depois de quase quatro meses de calmaria, o mercado brasileiro tem duas ofertas públicas de ações (IPOs) previstas para esta semana. A primeira é da operadora de planos de saúde NotreDame Intermédica.
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A empresa toca a campainha da bolsa nesta segunda-feira após precificar suas ações, na última quinta-feira, em 16,50 reais (a faixa de preço definida pela empresa estava entre 14,50 e 17,50 reais).
Ainda nesta segunda-feira a concorrente Hapvida fecha o preço de suas ações e tem estreia na bolsa prevista para a quarta-feira 25. Apesar de os IPOs previstos para o primeiro trimestre não terem saído, executivos permanecem empolgados com o cenário no país.
“O investidor estrangeiro continua com interesse no mercado da América Latina e o Brasil continua sendo muito atrativo”, diz Leandro Miranda, chefe da divisão de investimentos do Bradesco BBI.
A grande questão continua sendo o preço. Investidores permanecem exigentes e não aceitam participar das ofertas a qualquer custo. Foi isso o que atrapalhou IPOs programados para o primeiro trimestre, como o da rede de lojas de brinquedos Ri Happy (que suspendeu a oferta) e a farmacêutica Blau (que interrompeu o IPO por 60 dias em fevereiro).
Para esse segundo trimestre, além de NotreDame e Hapvida outras quatro empresas estão na fila: o banco Inter, a Dass Nordeste Calçados, a administradora de shoppings JHSF e o grupo SBF — dono da marca Centauro.
De todos esses, o IPO da Centauro é o que encontra mais dificuldades no mercado. “A empresa ainda não conseguiu explicar o seu valor. O preço está caro”, diz o analista de uma corretora.
A janela de IPOs até esta aberta, dura pouquinho (talvez só até a Copa do Mundo), e não é para qualquer um.