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Com Grécia no radar, Pão de Açucar é destaque local

São Paulo - As praças financeiras globais refletiam alguma reticência de investidores em assumir posições arriscadas nesta terça-feira, com a proximidade da votação do plano de austeridade fiscal na Grécia. Progressos nas negociações com os credores privados proporcionam tréguas e recuperações técnicas, bem como ajudam declarações mais positivas no sentido de aprovação do pacote exigido […]

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 08h05.

São Paulo - As praças financeiras globais refletiam alguma reticência de investidores em assumir posições arriscadas nesta terça-feira, com a proximidade da votação do plano de austeridade fiscal na Grécia.

Progressos nas negociações com os credores privados proporcionam tréguas e recuperações técnicas, bem como ajudam declarações mais positivas no sentido de aprovação do pacote exigido pela União Europeia e FMI para novos recursos, mas a cautela segue presente com incertezas sobre o que realmente acontecerá amanhã.

A pauta doméstica traz dados importantes de crédito e inadimplência referentes a maio apurados pelo Banco Central, mas a cena corporativa também deve merecer atenção de investidores após a notícia de que o Carrefour recebeu uma proposta para unir suas operações com as do Pão de Açúcar. A proposta foi feita pela Gama, empresa administrada por um fundo de investimentos do BTG Pactual.

A consultoria Estáter, que assessora o Pão de Açúcar, concederá entrevista à imprensa nesta manhã para detalhar a proposta de aliança com o Carrefour. De volta ao cenário internacional, milhares de manifestantes já se reuniam em frente ao parlamento grego no início de uma greve de dois dias para protestar contra os ajustes fiscais. "Esperamos uma participação maciça e dinâmica na greve e na marcha para o centro de Atenas.

Teremos 48 horas com trabalhadores, desempregados e jovens nas ruas", disse à Reuters o líder do ADEDY, sindicato do setor público, Spyros Papaspyros. Na quarta-feira, os parlamentares devem votar sobre a estrutura geral do pacote de austeridade.

No dia seguinte, está prevista a votação sobre a lei contendo medidas específicas para implementá-lo.

Às 7h50, o índice MSCI para ações globais oscilava ao redor da estabilidade, com variação positiva de 0,02 por cento, bem como o índice para emergentes, com acréscimo marginal de 0,05 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão verificava elevação de 0,15 por cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 mostrava volatilidade, com alta de 0,08 por cento. O futuro do norte-americano S&P-500 caía 0,16 por cento --2 pontos. Em Tóquio, o Nikkei ainda avançou 0,74 por cento. O índice da bolsa de Xangai encerrou praticamente estável, com acréscimo de 0,04 por cento.

Entre as moedas, o euro recuava 0,21 por cento, a 1,4254 dólar, o que influenciava a leve alta de 0,10 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais. Frente à moeda japonesa, o dólar operava perto da estabilidade, a 80,90 ienes.

No segmento de commodities, o petróleo transacionado nas operações eletrônicas em Nova York era cotado a 90,98 dólares, com acréscimo de 0,39 por cento. Em Londres, o Brent ganhava 0,77 por cento, a 106,81 dólares. Ainda na City londrina, o cobre era negociado com elevação de 0,39 por cento.

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