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Com decisão do Fed, dólar reverte perdas e fecha em alta

O dólar à vista no balcão fechou a sessão com alta de 0,47%, a R$ 2,3520, na máxima do dia


	Dólar: moeda passou a subir depois da decisão do Federal Reserve (Fed) e do discurso da nova presidente da instituição, Janet Yellen
 (Getty Images)

Dólar: moeda passou a subir depois da decisão do Federal Reserve (Fed) e do discurso da nova presidente da instituição, Janet Yellen (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 17h07.

São Paulo - Após passar boa parte da sessão desta quarta-feira, 19, em queda ante o real, pressionado por relatos de entrada de recursos no país e pelo resultado do fluxo cambial em março até o dia 14, o dólar passou a subir depois da decisão do Federal Reserve (Fed) e do discurso da nova presidente da instituição, Janet Yellen.

A redução das compras mensais de bônus significa menos dinheiro sendo injetado na economia.

O dólar à vista no balcão fechou a sessão com alta de 0,47%, a R$ 2,3520, na máxima do dia, depois de oscilar entre um piso de R$ 2,3260 (-0,64%) e um teto de R$ 2,3520 (+0,47%).

Por volta das 16h30, o giro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa era de US$ 795,60 milhões. No mercado futuro, o dólar para abril avançava 0,70%, a R$ 2,3595. O volume de negociação era de quase US$ 16,65 bilhões.

Nos EUA, o Fed também decidiu reduzir as compras mensais de bônus em US$ 10 bilhões, para US$ 55 bilhões, e indicou que deverá seguir com o corte nos estímulos monetários nos próximos meses, se a economia continuar no atual ritmo de recuperação. O banco central também resolveu abandonar o gatilho de 6,5% para o desemprego.

Anteriormente, a instituição havia prometido manter os juros próximos de zero enquanto o desemprego continuasse acima de 6,5% e a inflação abaixo de 2,5%. Agora, essa decisão vai depender de uma ampla gama de fatores sobre o mercado de trabalho, inflação e situação do sistema financeiro.

O Fed também reduziu sua projeção de crescimento para a economia e elevou as expectativas de inflação. Os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) preveem agora que a economia norte-americana terá um crescimento de 2,8% a 3% em 2014, em comparação com a projeção de 2,8% a 3,2% anunciada em dezembro. A inflação deve ficar entre 1,5% e 1,6%, ante expectativa anterior de 0,9% e 1,0%.

Entre as notícias domésticas, o Banco Central informou que o fluxo cambial total está positivo em US$ 3,016 bilhões em março até dia 14, resultado da entrada de US$ 2,125 bilhões na conta financeira e US$ 890 milhões no comercial. Desse modo, o fluxo cambial em 2014 está positivo em US$ 2,770 bilhões.

Na manhã de hoje, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou que a segunda prévia do IGP-M de março mostrou alta de 1,41%, acima da taxa de 0,24% registrada na segunda prévia de fevereiro e superando também a mediana das projeções feitas pelos economistas (+1,35%). Destaque para os preços dos produtos agropecuários, que subiram 5,13%, em comparação à queda de 1,53% apurada na segunda prévia do mesmo índice em fevereiro.

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