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Cimpor diz que oferta da Camargo Corrêa é baixa

A Camargo Corrêa lançou no final de março uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para comprar os 67,1% da cimenteira portuguesa

Para o Conselho da empresa, o preço oferecido pelo grupo brasileiro não reconhece o valor da Cimpor (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2012 às 21h56.

Lisboa - O Conselho da cimenteira portuguesa Cimpor considera que os 5,50 euros que a Camargo Corrêa ofereceu por cada ação da empresa é "demasiado baixo", e a proposta da brasileira carece de informação crucial.

Por isso, o Conselho da Cimpor informou não ter condições de recomendar que os acionistas mantenham ou vendam as ações da companhia à Camargo Corrêa.

A Camargo Corrêa lançou no final de março uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para comprar os 67,1 por cento da Cimpor que não possui.

Para o Conselho da Cimpor, o preço oferecido pelo grupo brasileiro não reconhece o valor da Cimpor, não incorpora um adequado prêmio de controle, implica um múltiplo inferior ao de transações comparáveis e não partilha sinergias que a Camargo vai capturar.

Segundo a resposta da administração da Cimpor à OPA, a proposta também carece de informação fundamental quanto à reorganização societária futura e do portfólio de ativos, bem como sobre o tratamento a acionistas minoritários, questões financeiras, dívida e política de dividendos.

"O Conselho não está em posição de recomendar aos acionistas que vendam as suas ações, já que o preço é baixo e subavalia significativamente a Cimpor, e, na ausência de adequada informação sobre o futuro da Cimpor depois da oferta, também não pode o Conselho recomendar que mantenham o investimento na Cimpor."

Em entrevista à Reuters na quinta-feira, o presidente-executivo da InterCement, subsidiária da Camargo Corrêa que lançou a OPA, José Edison Franco, afirmou que o preço é justo, que reflete o valor real da empresa e está em linha com as práticas de mercado.

A Semapa apresentou em 5 de abril à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e à gestora do fundo de pensão do português BCP, ambas sócias da cimenteira, "uma proposta relativa à aquisição por uma sociedade a constituir do conjunto das participações daquelas entidades na Cimpor", com um preço implícito não inferior a 5,75 euros por ação.


Em comunicado nesta sexta-feira, a InterCement disse que o suposto preço de 5,75 euros "não pode ser considerado um valor efetivo".

A Camargo alertou ainda que, "se a proposta da Semapa, na versão divulgada pela mídia, viesse a ser aceita pelas entidades a quem foi dirigida, entende a InterCement que a mesma dará origem a uma OPA obrigatória a lançar por todas as entidades envolvidas".

A Cimpor tinha sido alvo de uma oferta hostil da também brasileira CSN que, apesar de ser falhado em 2010, aguçou o apetite de Camargo e Votorantim, outro sócio da cimenteira portuguesa, atraídos pelo portfólio internacional do grupo, exposto a mercados emergentes de forte crescimento.

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Lisboa - O Conselho da cimenteira portuguesa Cimpor considera que os 5,50 euros que a Camargo Corrêa ofereceu por cada ação da empresa é "demasiado baixo", e a proposta da brasileira carece de informação crucial.

Por isso, o Conselho da Cimpor informou não ter condições de recomendar que os acionistas mantenham ou vendam as ações da companhia à Camargo Corrêa.

A Camargo Corrêa lançou no final de março uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para comprar os 67,1 por cento da Cimpor que não possui.

Para o Conselho da Cimpor, o preço oferecido pelo grupo brasileiro não reconhece o valor da Cimpor, não incorpora um adequado prêmio de controle, implica um múltiplo inferior ao de transações comparáveis e não partilha sinergias que a Camargo vai capturar.

Segundo a resposta da administração da Cimpor à OPA, a proposta também carece de informação fundamental quanto à reorganização societária futura e do portfólio de ativos, bem como sobre o tratamento a acionistas minoritários, questões financeiras, dívida e política de dividendos.

"O Conselho não está em posição de recomendar aos acionistas que vendam as suas ações, já que o preço é baixo e subavalia significativamente a Cimpor, e, na ausência de adequada informação sobre o futuro da Cimpor depois da oferta, também não pode o Conselho recomendar que mantenham o investimento na Cimpor."

Em entrevista à Reuters na quinta-feira, o presidente-executivo da InterCement, subsidiária da Camargo Corrêa que lançou a OPA, José Edison Franco, afirmou que o preço é justo, que reflete o valor real da empresa e está em linha com as práticas de mercado.

A Semapa apresentou em 5 de abril à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e à gestora do fundo de pensão do português BCP, ambas sócias da cimenteira, "uma proposta relativa à aquisição por uma sociedade a constituir do conjunto das participações daquelas entidades na Cimpor", com um preço implícito não inferior a 5,75 euros por ação.


Em comunicado nesta sexta-feira, a InterCement disse que o suposto preço de 5,75 euros "não pode ser considerado um valor efetivo".

A Camargo alertou ainda que, "se a proposta da Semapa, na versão divulgada pela mídia, viesse a ser aceita pelas entidades a quem foi dirigida, entende a InterCement que a mesma dará origem a uma OPA obrigatória a lançar por todas as entidades envolvidas".

A Cimpor tinha sido alvo de uma oferta hostil da também brasileira CSN que, apesar de ser falhado em 2010, aguçou o apetite de Camargo e Votorantim, outro sócio da cimenteira portuguesa, atraídos pelo portfólio internacional do grupo, exposto a mercados emergentes de forte crescimento.

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