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Cielo pode mudar informações ao mercado por Redecard

O receio é de que a companhia fique em desvantagem por, sendo companhia aberta, ter que divulgar mais informações sobre seus negócios

A movimentação acontece num momento de otimismo do mercado com as duas gigantes de meios de pagamento do país (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 16h28.

São Paulo - A Cielo pode rever quais informações divulga ao mercado quando sua principal concorrente Redecard sair da Bovespa, disse um executivo da companhia de cartões.

"Vamos ver, ainda é algo recente, mas podemos reavaliar nossa divulgação de informações ao mercado", disse a jornalistas o presidente-executivo da Cielo, Rômulo Dias.

O receio é de que a companhia fique em desvantagem por, sendo companhia aberta, ter que divulgar mais informações sobre seus negócios que sua rival Redecard, cujo controlador Itaú Unibanco anunciou na terça-feira plano de recomprar as ações de minoritários e fechar o capital da empresa.

A movimentação acontece num momento de otimismo do mercado com as duas gigantes de meios de pagamento do país, mas com receios sobre os possíveis efeitos da maior concorrência.

"A Cielo (como empresa aberta) estaria muito mais exposta em relação suas principais concorrentes", ponderaram os analistas Leonardo Zanfelicio e Karina Freitas, da corretora Concórdia, em relatório.

Assim como pretende fazer o Itaú com a Redecard, a GetNet, do Santander Brasil, e outras que estão entrando no país, como Elavon, têm o capital fechado.

Para lidar com o aumento da concorrência na indústria de cartões, Cielo e Redecard têm mostrado estratégias claramente distintas.
À custa de perda de market share e forte redução de custos, a Redecard calibrou o lucro do quarto trimestre com ganho de eficiência.
Já a Cielo aumentou as despesas para ganhar participação de mercado. E vai continuar gastando mais na parte comercial (4 por cento da receita) que sua maior rival (2,5 a 3 por cento) para manter a estratégia.

Os investimentos da Cielo, por outro lado, estão orçados em cerca de 300 milhões de reais para 2012, disse Dias, ante previsão de 500 milhões de reais da Redecard no mesmo período.

Um primeiro sinal do acirramento da concorrência pode ser a disputa por acordos com bandeiras. A Hipercard, por exemplo, tem acordo com a Redecard, mas não com a Cielo.

"As negociações não avançaram", disse Dias, sobre Hipercard. "Para um acordo sair, é preciso que os dois lados queiram."

Resultado

De todo modo, a Cielo agradou o mercado ao anunciar na véspera que teve lucro líquido de 504,5 milhões de reais no quarto trimestre, montante 13,8 por cento maior que em igual etapa de 2010 e acima da previsão de analistas.

O dado refletiu uma combinação de receitas também acima das expectativas do mercado com forte desempenho das operações com antecipação de recebíveis.

O Credit Suisse elevou o preço-alvo para a ação da companhia de 54,00 para 58,00 reais em 12 meses. "Aumentamos nossas estimativas de lucro por ação para os próximos três meses, devido ao cenário de melhores volumes e maiores preços vistos no quarto trimestre", afirmaram os analistas Victor Schabbel e Marcelo Telles, em relatório.

Às 16h38, a ação da companhia controlada por Bradesco e Banco do Brasil tinha leve baixa de 0,20 por cento, enquanto o Ibovespa, principal índice acionário doméstico, caía 0,7 por cento.

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São Paulo - A Cielo pode rever quais informações divulga ao mercado quando sua principal concorrente Redecard sair da Bovespa, disse um executivo da companhia de cartões.

"Vamos ver, ainda é algo recente, mas podemos reavaliar nossa divulgação de informações ao mercado", disse a jornalistas o presidente-executivo da Cielo, Rômulo Dias.

O receio é de que a companhia fique em desvantagem por, sendo companhia aberta, ter que divulgar mais informações sobre seus negócios que sua rival Redecard, cujo controlador Itaú Unibanco anunciou na terça-feira plano de recomprar as ações de minoritários e fechar o capital da empresa.

A movimentação acontece num momento de otimismo do mercado com as duas gigantes de meios de pagamento do país, mas com receios sobre os possíveis efeitos da maior concorrência.

"A Cielo (como empresa aberta) estaria muito mais exposta em relação suas principais concorrentes", ponderaram os analistas Leonardo Zanfelicio e Karina Freitas, da corretora Concórdia, em relatório.

Assim como pretende fazer o Itaú com a Redecard, a GetNet, do Santander Brasil, e outras que estão entrando no país, como Elavon, têm o capital fechado.

Para lidar com o aumento da concorrência na indústria de cartões, Cielo e Redecard têm mostrado estratégias claramente distintas.
À custa de perda de market share e forte redução de custos, a Redecard calibrou o lucro do quarto trimestre com ganho de eficiência.
Já a Cielo aumentou as despesas para ganhar participação de mercado. E vai continuar gastando mais na parte comercial (4 por cento da receita) que sua maior rival (2,5 a 3 por cento) para manter a estratégia.

Os investimentos da Cielo, por outro lado, estão orçados em cerca de 300 milhões de reais para 2012, disse Dias, ante previsão de 500 milhões de reais da Redecard no mesmo período.

Um primeiro sinal do acirramento da concorrência pode ser a disputa por acordos com bandeiras. A Hipercard, por exemplo, tem acordo com a Redecard, mas não com a Cielo.

"As negociações não avançaram", disse Dias, sobre Hipercard. "Para um acordo sair, é preciso que os dois lados queiram."

Resultado

De todo modo, a Cielo agradou o mercado ao anunciar na véspera que teve lucro líquido de 504,5 milhões de reais no quarto trimestre, montante 13,8 por cento maior que em igual etapa de 2010 e acima da previsão de analistas.

O dado refletiu uma combinação de receitas também acima das expectativas do mercado com forte desempenho das operações com antecipação de recebíveis.

O Credit Suisse elevou o preço-alvo para a ação da companhia de 54,00 para 58,00 reais em 12 meses. "Aumentamos nossas estimativas de lucro por ação para os próximos três meses, devido ao cenário de melhores volumes e maiores preços vistos no quarto trimestre", afirmaram os analistas Victor Schabbel e Marcelo Telles, em relatório.

Às 16h38, a ação da companhia controlada por Bradesco e Banco do Brasil tinha leve baixa de 0,20 por cento, enquanto o Ibovespa, principal índice acionário doméstico, caía 0,7 por cento.

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