Mercados

China e blue chips levam Ibovespa à 4ª alta seguida

Índice da bolsa de São Paulo teve variação positiva de 0,93%, a 54.251 pontos, no maior nível de fechamento em 15 semanas


	Operador na Bovespa: ações preferenciais das blue chips Vale e Petrobras foram as maiores responsáveis por levantar o índice
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Operador na Bovespa: ações preferenciais das blue chips Vale e Petrobras foram as maiores responsáveis por levantar o índice (Paulo Fridman/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 17h52.

São Paulo - A Bovespa teve a quarta alta seguida nesta segunda-feira, à medida que dados fortes da China se sobrepuseram à cautela de investidores com a perspectiva de redução de estímulos do banco central norte-americano e de um ataque militar contra a Síria.

O Ibovespa teve variação positiva de 0,93 por cento, a 54.251 pontos, no maior nível de fechamento em 15 semanas. O giro financeiro do pregão somou 8,8 bilhões de reais.

As ações preferenciais das blue chips Vale e Petrobras foram as maiores responsáveis por levantar o índice, mas a bolsa teve um movimento de alta generalizada -- das 73 ações que compõem o Ibovespa, apenas nove recuaram.

Os destaques setoriais ficaram com siderurgia e mineração e o setor financeiro.

Investidores tomaram novo fôlego para sair às compras após dados do comércio exterior da China ampliarem os sinais de que o país asiático pode ter evitado uma forte desaceleração.

"Sendo exportadores de commodities, dependemos da China estar ativa. Como havia receio de que a economia estivesse esfriando, as exportações maiores que o esperado chamam a atenção", afirmou o operador Rudimar José Joner Filho, da Banrisul Corretora.

As exportações da China subiram 7,2 por cento em agosto ante o ano anterior, ante expectativa de alta de 6 por cento segundo pesquisa da Reuters. Já a inflação se mostrou moderada em agosto, tendo avançado 2,6 por cento na comparação anual, em linha com as expectativas do mercado.

O otimismo com esses dados patrocinaram forte alta das bolsas dos Estados Unidos. O índice Nasdaq terminou no maior nível desde setembro de 2000.

Segundo operadores, também criou otimismo na bolsa o fato do saldo das apostas de investidores estrangeiros em índice futuro ter ficado positivo recentemente, totalizando cerca de 49 mil contratos na sexta-feira.

No entanto, ainda pairam no mercado temores sobre as consequências de um ataque dos Estados Unidos contra a Síria, assim como a redução do programa de estímulos do banco central norte-americano.

"Embora uma redução do programa esteja em certo grau precificada, o tamanho dela pode ser uma surpresa", afirmou o estrategista Alexandre Ghirghi, da Método Investimentos.

No pregão, a ação ordinária da Eletrobras teve a maior alta percentual do Ibovespa, tendo chegado a avançar 10,16 por cento durante a sessão. O papel preferencial da empresa subiu 3,22 por cento.

Já ação da OGX teve a maior queda, após o empresário Eike Batista ter questionado a validade do exercício da opção concedida por ele à petroleira que o obriga a injetar 1 bilhão de dólares na empresa.

Após o fechamento do pregão, a agência de classificação de risco Fitch informou ter reduzido o rating da petroleira para "C" de "CCC" e disse acreditar que um "default" da OGX é iminente.

Também recuaram levemente as ações do Pão de Açúcar, após o empresário Abilio Diniz ter anunciado na sexta-feira um acordo com o francês Casino e renunciado da presidência do Conselho de Administração da varejista.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Musk diz que Tesla (TSLA34) pode lançar direção 100% autônoma na China até o final do ano

Às vésperas da decisão do Copom, Ibovespa opera em queda puxado por commodities

Dez empresas vão disputar 37,5 milhões de barris de petróleo da União

Detalhes sobre contenção de R$ 15 bi, balanço da Microsoft e Caged: o que move o mercado

Mais na Exame