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China diz que ser acusada de manipular câmbio pode gerar caos nos mercados

Segundo o banco central chinês, o país "não usa e não usará a taxa cambial como uma ferramenta para lidar com as disputas comerciais"

Nesta segunda-feira (7), preço do iuane chegou ao patamar mais baixo desde a crise financeira de 2008 (Sutthipong Kongtrakool/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2019 às 11h10.

O banco central da China, afirmou nesta terça-feira (6) que a decisão dos Estados Unidos de classificar o país como manipulador cambial pode "prejudicar seriamente a ordem financeira internacional e provocar caos nos mercados financeiros".

A decisão dos EUA de intensificar as tensões cambiais na segunda-feira (5) também irá "impedir a recuperação econômica e dos comércios globais", disse o Banco do Povo da China na primeira resposta oficial do país às últimas ações dos EUA na guerra comercial.

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A China "não usa e não usará a taxa cambial como uma ferramenta para lidar com as disputas comerciais", disse o banco central em comunicado em seu site.

A desvalorização do iuane em relação ao dólar torna os produtos chineses mais atraentes em mercados com moedas fortes. Ou seja, ficam mais baratos nos Estados Unidos, o que incentiva seu consumo em detrimento de produtos americanos.

"A China avisou os Estados Unidos para segurarem as rédeas antes do precipício, e para estarem cientes de seus erros, voltando atrás em sua trajetória errada", completou.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse na segunda-feira que determinou pela primeira vez desde 1994 que a China está manipulando sua moeda, levando a disputa comercial para além das tarifas. Alguns especialistas já começam a dizer que a tensão comercial pode escalar para uma guerra cambial entre os dois países. Nesse caso, a taxa de câmbio é alterada artificialmente para obter vantagens comerciais.

A decisão dos EUA foi provocada puramente por motivos políticos para "descarregar sua raiva", disse o Global Times, influente tablóide chinês publicado pelo People's Daily, do Partido Comunista.

A China "não espera mais boa vontade dos Estados Unidos", escreveu no Twitter nesta terça-feira Hu Xijin, editor do jornal.

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