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Cetip oferecerá opções de commodities no 1º semestre

Expectativa é de que negociações com derivativos cresçam cerca de 10% em 2011

Operações com derivativos cresceram 10% em 2010, para R$ 850 bilhões (Sergio Dionisio/GETTY IMAGES)

Operações com derivativos cresceram 10% em 2010, para R$ 850 bilhões (Sergio Dionisio/GETTY IMAGES)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 13h09.

Nova York - A Cetip SA - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos, maior câmara de liquidação e custódia do País, pretende começar a oferecer contratos de opção para commodities neste ano, período em que espera que o volume de negociações com derivativos cresça cerca de 10 por cento.

Os novos contratos de opção começarão a ser negociados no primeiro semestre, Carlos Ratto, diretor executivo comercial e de produtos da Cetip, disse em uma entrevista ontem em São Paulo.

A Cetip está aumentando a sua oferta de produtos para commodities à medida que os preços sobem e as bolsas se diversificam para aumentar suas receitas. O UBS Bloomberg Constant Maturity Commodity Index quase dobrou nos últimos dois anos, com a alta dos metais, petróleo bruto e produtos agrícolas. Em dezembro, a Cetip fechou a compra da GRV Solutions SA, uma fornecedora de serviços de gestão de risco de crédito, por R$ 2 bilhões. Os investidores estão voltando aos derivativos depois dos prejuízos de 2008, quando empresas como a processadora de alimentos Sadia SA perderam com apostas no mercado cambial.

“Na crise, o produto apanhou bastante, embora a questão não era o produto, e sim o uso que se fazia do produto”, disse Ratto, referindo-se aos derivativos. “A tendência é que aos poucos essa aversão diminua, as empresas voltem a usar mais derivativos”.

As operações com derivativos cresceram 10 por cento em 2010, para R$ 850 bilhões, de R$ 770 bilhões em 2009, disse Ratto. Este ano, o volume deve crescer no mesmo percentual, ele disse.

As ações da Cetip tiveram alta de 55 por cento no último ano até ontem, em comparação a uma queda de 0,8 por cento no Ibovespa. As ações estavam em alta de 0,5 por cento para R$ 23,40 às 12h51 no pregão de São Paulo.

Derivativos são contratos cujo valor é atrelado a ações, bônus, empréstimos, moedas e commodities, ou a eventos específicos como mudanças em taxas de juros ou no clima.

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