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Cemig sobe na Bolsa após receber oferta de empresa chinesa

Estatal mineira tenta se desfazer de ativos para reduzir dívida bilionária

Usina de Santo Antônio: participação da Cemig deve ser vendida em breve (Germano Lüders/Site Exame)

Usina de Santo Antônio: participação da Cemig deve ser vendida em breve (Germano Lüders/Site Exame)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 28 de junho de 2017 às 11h08.

São Paulo — A estatal mineira Cemig, que tenta colocar em prática um plano de desinvestimentos, anunciou ontem que recebeu uma oferta pela sua fatia na Madeira Energia, na usina hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia. A proposta foi feita pela chinesa State Power.

A notícia fez com que as ações da companhia operassem nesta quarta-feira em alta de quase 4%, a 8,20 reais.

Há menos de um mês, a Cemig anunciou seu plano de vendas de ativos no valor de 6,564 bilhões de reais. O objetivo é reduzir a dívida bilionária da companhia. Atualmente, a empresa tem 10 bilhões de reais em dívidas para pagamento no curto prazo.

Além da usina de Santo Antônio, a Cemig quer vender uma fatia de sua participação na Light -- operação recentemente aprovada pelo Conselho de Administração --, nas transmissoras Taesa e Transmineira e em Belo Monte. 

A companhia também pretende se desfazer das subsidiárias de gás e telecomunicações Gasmig e Cemig Telecom e encontrar um sócio estratégico para a controlada de geração limpa Renova Energia.

O desafio das usinas

Na visão de analistas consultados pela Reuters, a venda das fatias nas hidrelétricas de Santo Antônio e Belo Monte deverá representar um desafio para Cemig, uma vez que os demais sócios das usinas também buscam se desfazer de suas parcelas nos negócios.

Além disso, há outros problemas, como o fato de ambas serem alvo de acusações de corrupção e palco de brigas entre os sócios que terminaram em arbitragem.

“Não são ativos simples… é muito risco e pouco retorno, é muito difícil atrair um americano ou europeu para um negócio desses. Aí realmente pode entrar um chinês, porque é do tamanho que eles gostam e entra em uma análise estratégica deles”, disse Tiago Figueiró, do Veirano Advogados, em entrevista à agencia de notícias. 

 

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