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Campeões nas projeções dizem que corte da Selic não acabou

Operadores esperam que a taxa básica de juros seja reduzida em 0,25 ponto percentual para a mínima histórica de 7,25%, em outubro


	A propensão de Tombini para surpreender o mercado com reduções maiores que as previstas levou o BBVA a projetar que a Selic vai sofrer mais um corte
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A propensão de Tombini para surpreender o mercado com reduções maiores que as previstas levou o BBVA a projetar que a Selic vai sofrer mais um corte (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2012 às 08h37.

Santiago/Brasília - Os campeões em acertos de previsões estão dizendo que o Banco Central vai cortar a taxa básica de juros mais uma vez neste ano, uma aposta que os operadores deixaram de lado à medida que a economia passou a dar sinais de retomada.

Banco Modal SA, Royal Bank of Canada e Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA projetam que o BC, presidido por Alexandre Tombini, vai reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual para a mínima histórica de 7,25 por cento, em outubro, o que seria o décimo corte seguido em 14 meses. A curva dos contratos de juros futuros mostra 25 por cento de probabilidade de não haver o novo corte, depois de os operadores apostarem cinco dias atrás em mais uma redução neste ano. A autoridade monetária disse na semana passada que reduções adicionais da taxa serão adotadas com “máxima parcimônia.”

A propensão de Tombini para surpreender o mercado com reduções maiores que as previstas levou o BBVA a projetar que a Selic vai sofrer mais um corte, mesmo com sinais que o crescimento na maior economia da América Latina está em aceleração. O afrouxamento mais agressivo entre o Grupo dos 20 já provocou dois cortes que surpreenderam os analistas, segundo dados compilados pela Bloomberg. O declínio de 5 pontos percentuais na taxa desde agosto de 2011 se compara ao corte de 0,56 ponto na China, 0,25 ponto na Rússia e a meio ponto na Índia, mostram os dados.

“Aprendi a apostar que o Banco Central vai preferir reduzir a elevar as taxas em caso de dúvida”, disse Enestor dos Santos, economista sênior do BBVA, terceiro em número de acertos nas decisões do Copom no ranking da Bloomberg. “O Banco Central quer reduzir a taxa básica no País. É um objetivo de governo.”

O BC disse em comunicado por e-mail à Bloomberg News em 31 de agosto que nunca comenta projeções de mercado para suas decisões.

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