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CÂMBIO-Euro sofre no exterior; dólar sobe e cola em R$1,70

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 8 de novembro (Reuters) - O dólar subiu quase 1 por cento nesta segunda-feira, aproximando-se de 1,70 real com a volta das preocupações fiscais na zona do euro ao centro do debate no mercado global de câmbio. A moeda norte-americana avançou 1,13 por cento, para 1,699 real. Enquanto o mercado […]

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2010 às 15h50.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 8 de novembro (Reuters) - O dólar subiu quase 1
por cento nesta segunda-feira, aproximando-se de 1,70 real com
a volta das preocupações fiscais na zona do euro ao centro do
debate no mercado global de câmbio.

A moeda norte-americana avançou 1,13 por cento, para
1,699 real. Enquanto o mercado local fechava, o dólar subia 0,5
por cento frente a uma cesta com as principais moedas e
o euro caía 0,7 por cento, a 1,39 dólar.

"O mercado ficou pouco cauteloso, com pouco volume também,
e resolveu acompanhar de perto lá fora", disse José Carlos
Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.

De acordo com profissionais de mercado no exterior, a
confirmação do pacote de ajuda do Federal Reserve à economia
dos Estados Unidos, na semana passada, abriu espaço para um
ajuste, com os investidores voltando as atenções aos problemas
fiscais em países da zona do euro, como Irlanda e Portugal.

"O fim de incertezas nos Estados Unidos permite que os
acontecimentos na Europa tenham uma importância maior do que
tiveram nas últimas semanas", escreveu Marc Chandler,
estrategista da Brown Brothers Harriman, em relatório.

No Brasil, o mercado aguarda para depois da reunião do G20,
no próximo fim da semana, possíveis medidas contra valorização
do real. No encontro, que ocorrerá quinta e sexta-feira, as
autoridades das principais economias do mundo tentarão resolver
os desequilíbrios econômicos e cambiais no mundo.

Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial, defendeu
nesta segunda-feira a criação de um sistema "Bretton Woods II"
de moedas flutuantes, como substituto do atual modelo, com a
presença de moedas como o dólar, o euro, o iene, a libra e o
iuan, além da referência do preço do ouro. [ID:nN08206791]

Notícias sobre o futuro governo de Dilma Rousseff, como a
possível saída de Henrique Meirelles do comando do Banco
Central, tiveram pouca influência sobre a taxa de câmbio nesta
segunda-feira, disseram operadores.

O volume de operações registradas na clearing (câmara de
compensação) da BM&FBovespa era inferior a 2 bilhões de dólares
até poucos minutos antes do fechamento do mercado à vista.

No mercado futuro e de cupom cambial (DDI), os investidores
estrangeiros mantinham na sexta-feira mais de 15,4 bilhões de
dólares em posições vendidas, segundo dados da BM&FBovespa.

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