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CÂMBIO-Dólar tem 2a queda seguida com perspectiva de ingressos

Por José de Castro SÃO PAULO, 21 de dezembro (Reuters) - O dólar marcou a segunda queda consecutiva ante o real nesta terça-feira, atento a perspectivas de mais ingressos no curto prazo e ao otimismo no exterior. A moeda norte-americana caiu 0,59 por cento, a 1,698 real na venda, ampliando a desvalorização desde sexta-feira a […]

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2010 às 15h45.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 21 de dezembro (Reuters) - O dólar marcou a
segunda queda consecutiva ante o real nesta terça-feira, atento
a perspectivas de mais ingressos no curto prazo e ao otimismo
no exterior.

A moeda norte-americana caiu 0,59 por cento, a 1,698
real na venda, ampliando a desvalorização desde sexta-feira a
0,99 por cento.

"Tem player achando que o Banco Central vai mesmo subir o
juro em janeiro, e acredito que já tem muito investidor se
adiantando a esse movimento e trazendo dólares para o Brasil",
afirmou Moacir Marcos Júnior, operador de câmbio da Interbolsa
do Brasil.

Júnior ponderou, contudo, que caso haja uma elevação da
Selic nos próximos meses "certamente esse aumento deve vir
acompanhado de alguma medida do governo para evitar uma
valorização robusta do real".

A taxa básica de juros brasileira está atualmente em 10,75
por cento, bem acima da praticada em economias desenvolvidas, e
os agentes vêm remontando apostas de que o BC deve elevar a
Selic em janeiro para barrar a inflação.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
--medida oficial do governo para mensurar a inflação--, por
exemplo, acumulou avanço de 5,25 por cento em 2010 até
novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).

As operações locais acompanharam ainda o bom desempenho das
bolsas de valores norte-americanas, que testavam novas máximas
em dois anos, em meio a notícias corporativas e de fusões e
aquisições.

O índice Standard and Poor's 500 subia 0,6 por cento
no final da tarde, o que dava vigor para que o Ibovespa
ganhasse 1,6 por cento no mesmo horário. Mais cedo, o principal
índice europeu de ações renovara o pico em 27 meses.

No segmento global de moedas, contudo, as oscilações era
mais tímidas, com o dólar ganhando terreno ante o euro e
uma cesta de divisas após a agência de classificação de
risco Fitch colocar o rating soberano da Grécia em observação
negativa [ID:nN21268627].

(Edição de Nathália Ferreira)

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