SÃO PAULO, 18 de novembro (Reuters) - O dólar operava em
baixa pelo segundo dia seguido nesta quinta-feira, acompanhando
o maior apetite por risco nos mercados internacionais.

As declarações feitas na quarta-feira pelo ministro da
Fazenda, Guido Mantega, de que o governo não pretende tomar
medidas no momento para frear a valorização do real também
abriam caminho para a queda do dólar.

Às 11h36, a moeda norte-americana tinha baixa de
0,46 por cento, a 1,718 real. Na véspera, o dólar recuou 0,8
por cento, na primeira queda em quase duas semanas.

No mesmo horário, o dólar caía 0,72 por cento frente a uma
cesta com as principais moedas , e o euro subia
0,8 por cento, acima de 1,36 dólar.

"A opinião do presidente do Banco Central da Irlanda,
Patrick Honohan, de que o país deve concordar com um pacote de
ajuda de dezenas de bilhões de euros da União Europeia e do
Fundo Monetário Internacional (FMI) catalisou uma forte alta
das ações e das commodities hoje", disse Camilla Sutton,
estrategista-chefe da Scotia Capital, em relatório.

Na véspera, Mantega afirmou que o recente comportamento do
dólar mostra que as ações já tomadas pelo governo no mercado de
câmbio surtiram efeito. Diante disso, o ministro disse que não
vê "necessidade de novas medidas neste momento".

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a
presidente eleita Dilma Rousseff decidiu manter Mantega na
Fazenda. À Reuters, José Eduardo Cardozo (PT), membro da equipe
de transição, disse desconhecer o assunto.