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CÂMBIO-Dólar recua pelo 7o dia e testa disposição do BC

SÃO PAULO, 9 de setembro (Reuters) - O dólar recuava pela sétima sessão consecutiva ante o real nesta quinta-feira, com variação semelhante à do mercado externo, mesmo após a atuação mais incisiva do Banco Central na véspera. Às 10h55, a moeda norte-americana era cotada a 1,722 real, em queda de 0,17 por cento. No exterior, […]

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2010 às 07h56.

SÃO PAULO, 9 de setembro (Reuters) - O dólar recuava pela
sétima sessão consecutiva ante o real nesta quinta-feira, com
variação semelhante à do mercado externo, mesmo após a atuação
mais incisiva do Banco Central na véspera.

Às 10h55, a moeda norte-americana era cotada a 1,722 real,
em queda de 0,17 por cento. No exterior, o euro subia
0,2 por cento, a 1,2750 dólar.

Na véspera, a cotação caiu a 1,725 real mesmo após o Banco
Central realizar dois leilões de compra de dólares. Foi o menor
patamar de fechamento desde 4 de janeiro.

De acordo com estimativas de quatro operadores de bancos e
corretoras ouvidos pela Reuters, o BC comprou entre 220 milhões
e 350 milhões de dólares nas duas operações.

Apesar da intervenção dupla --foi a primeira vez desde 3 de
maio que o BC comprou dólares em duas ocasiões no mesmo dia--,
operadores afirmaram que a tendência, por ora, é de que o
mercado mantenha a tendência de valorização do real e teste a
disposição da autoridade monetária para uma atuação ainda mais
forte.

O HSBC, por exemplo, revisou de 1,84 para 1,70 real a
projeção do dólar no terceiro trimestre, e de 1,84 para 1,74
real no quarto trimestre, devido à proximidade da oferta de
ações da Petrobras .

"O fluxo de dólares associado a esse acordo será
substancial, mesmo sob as projeções mais modestas", afirmou a
estrategista Marjorie Hernandez, do HSBC, que prevê ainda
outras operações após a oferta de ações da estatal.

Um exemplo comentado pelo mercado nesta manhã era a emissão
de 500 milhões de dólares em títulos de 10 anos pela empresa de
papel e celulose Suzano . Na véspera, o mercado já
calculava em cerca de 4 bilhões de dólares os ingressos no
curto prazo referentes a emissões de Telemar , BNDES,
Vale e Odebrecht.

Ainda assim, embora a atuação do BC não tenha conseguido
evitar a queda do dólar, o operador de um banco dealer comentou
que alguns agentes já diminuíram as vendas de moeda no mercado.
"Tem gente segurando para levar para o BC", disse.

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Daniela Machado)

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