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CÂMBIO-Dólar perde força no mundo e, no Brasil, cai a R$1,711

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 24 de setembro (Reuters) - O dólar caiu ao menor nível em dez dias frente ao real nesta sexta-feira, acompanhando o enfraquecimento global da moeda norte-americana mas respeitando o piso informal sugerido pela atuação do governo brasileiro. A divisa recuou 0,52 por cento, para 1,711 real. Enquanto o mercado local […]

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2010 às 13h43.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 24 de setembro (Reuters) - O dólar caiu ao menor
nível em dez dias frente ao real nesta sexta-feira,
acompanhando o enfraquecimento global da moeda norte-americana
mas respeitando o piso informal sugerido pela atuação do
governo brasileiro.

A divisa recuou 0,52 por cento, para 1,711 real.

Enquanto o mercado local encerrava as operações, o euro
subia 1,3 por cento e o índice do dólar em relação às
principais divisas caía 0,8 por cento, para o menor
patamar desde fevereiro [ID:nN24176484].

"Com o cenário lá fora das moedas contra o dólar, aqui não
poderia ser diferente. O euro está bem forte", disse Francisco
Carvalho, gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez.

A razão para a queda recente do dólar no exterior tem sido
a política de juros extremamente baixos nos Estados Unidos e a
possibilidade de que sejam oferecidos ainda mais estímulos à
economia. Nesta sexta-feira, também pesaram dados mais fortes
que o esperado sobre a confiança dos empresários alemães
[ID:nN24162286].

Enquanto seguia o mercado internacional, os agentes locais
acompanhavam também o fluxo de capitais para a oferta de ações
da Petrobras . Embora dados das reservas
internacionais indiquem uma diminuição das compras pelo Banco
Central [ID:nN24214075], o mercado pode trazer até
segunda-feira os dólares para participar da operação.

De acordo com o presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles, "o lançamento de ações da Petrobras marcou um
período de ingresso expressivo de divisas, e não há uma
projeção de outros lançamentos da mesma dimensão".

Para a próxima semana, caso o fluxo diminua de intensidade
conforme esperado, é possível que o mercado sofra ajustes.
"Pode ser que (o fluxo) pare e a gente volte a olhar para o
cenário mais macro. O dólar está fraco em relação a todas as
moedas, mas a gente tem um déficit em transações correntes",
acrescentou Carvalho.

Nesta sessão, o volume registrado na clearing (câmara de
compensação) da BM&FBovespa era de 3,1 bilhões de dólares até
pouco antes do fechamento, em linha com a média dos últimos
dias.

(Edição de Daniela Machado)

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