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CÂMBIO-Dólar cai ao piso em mais de 3 semanas ante real

Por José de Castro SÃO PAULO, 1o de dezembro (Reuters) - O dólar recuou ao menor nível em mais de três semanas ante o real nesta quarta-feira, captando o maior apetite por risco no exterior em meio a uma bateria de dados positivos nos Estados Unidos, China e Europa. A moeda norte-americana fechou em queda […]

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 15h55.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 1o de dezembro (Reuters) - O dólar recuou ao
menor nível em mais de três semanas ante o real nesta
quarta-feira, captando o maior apetite por risco no exterior em
meio a uma bateria de dados positivos nos Estados Unidos, China
e Europa.

A moeda norte-americana fechou em queda de 0,41 por
cento, a 1,707 real na venda, menor patamar desde 9 de
novembro, quando encerrou a 1,699 real.

No mesmo horário, o dólar caía 0,5 por cento ante uma cesta
de divisas .

A terceira baixa consecutiva da cotação também esteve
ligada à recuperação do euro , que se afastava das
mínimas em dois meses e meio contra a divisa norte-americana
por esperanças de que a resolução da crise na Europa conte com
mais auxílio do Banco Central Europeu (BCE) e também dos
Estados Unidos.

Analistas afirmam que o BCE pode anunciar na quinta-feira,
após a reunião de política monetária, a prorrogação de medidas
de suporte à crise que vencem na metade de janeiro.

Dados positivos também endossaram o bom humor. O setor
manufatureiro na zona do euro e da China cresceu em novembro,
enquanto nos EUA a geração de empregos no setor privado foi a
maior em três anos.

"O cenário externo hoje definitivamente está conduzindo o
dólar para baixo", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio
da Treviso Corretora.

"Mas também me parece que o pessoal já está antecipando
algum movimento futuro, com o mercado de olho em um novo
aumento na taxa de juros logo no início do próximo governo",
acrescentou.

Investidores têm aumentado as apostas no início de um novo
ciclo de aperto monetário no primeiro trimestre de 2011, ou
mesmo já em dezembro, após a recente aceleração em índices de
preços sugerir que a inflação está ganhando terreno.

A alta do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) ao
maior nível desde fevereiro, anunciada pela manhã, endossou a
expectativa. [ID:nN01111209]

A Selic está atualmente em 10,75 por cento ao ano.

Para o operador de câmbio de uma corretora paulista, a
queda do dólar "deveria até ser maior". Segundo ele, fatores
técnicos impediram que a cotação recuasse ainda mais.

"É puramente algo técnico. Tem um suporte forte sempre que
o dólar se aproxima de 1,70 (real)", afirmou, minimizando a
ascensão de temores quanto a mais medidas do governo sobre o
câmbio quando a moeda se aproxima desse patamar.

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