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Caixa Seguridade decide suspender IPO pelo menos até julho, dizem fontes

A decisão do braço de seguros e previdência da Caixa Econômica Federal ocorre devido à forte turbulência recente das bolsas de valores

Caixa: braço de seguros do banco pretende realizar oferta inicial de ações (Pilar Olivares/Reuters)

Caixa: braço de seguros do banco pretende realizar oferta inicial de ações (Pilar Olivares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de março de 2020 às 18h28.

Última atualização em 9 de março de 2020 às 19h19.

A Caixa Seguridade, braço de seguros e previdência da Caixa Econômica Federal, decidiu suspender o processo de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) pelo menos até julho, devido à forte turbulência recente das bolsas de valores, disseram à Reuters duas fontes a par do assunto.

"Agora não dá mais pra fazer, vai atrasar pelo menos três a seis meses", disse uma das fontes, sob condição de anonimato, porque o assunto é sigiloso. A previsão inicial era de que o IPO fosse concluído em abril.

O IPO da Caixa Seguridade pretendia levantar mais de 10 bilhões de reais, na maior oferta esperada até agora para 2020.Representantes da Caixa não comentaram o assunto de imediato.

O adiamento pode prejudicar expectativas de bancos de investimentos de que 2020 seja um ano recorde de IPOs e ofertas subsequentes de ações.

Construtoras, bancos, varejistas e empresas de outros setores estão entre mais de 25 pedidos de IPOs à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) neste ano.

Algumas empresas ainda não tomaram uma decisão final sobre prosseguir com seus planos de abertura de capital ou adiar os planos, disseram três fontes. Como as empresas já fizeram seus pedidos preliminares junto aos reguladores de valores mobiliários, ainda podem esperar cerca de duas semanas antes de uma decisão final.

Outras companhias já estão perto do prazo para concluir seus IPOs, incluindo o Banco Daycoval, que previa captar o equivalente a 1 bilhão de dólares nas próximas semanas.

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