BTG troca dívida de sócio da Vanguarda por ações
O BTG não tem intenção de continuar na empresa e realizará um leilão das ações, algo que poderia ocorrer ainda esta semana.
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2012 às 18h52.
São Paulo - O BTG Pactual ficou com mais de 10 por cento da companhia agrícola Vanguarda ao transformar uma dívida que o principal acionista da companhia tinha com o banco, mas a negociação não deve mudar os rumos da empresa.
Segundo uma fonte próxima à Vanguarda, o BTG não tem intenção de continuar na empresa e realizará um leilão das ações, algo que poderia ocorrer ainda esta semana.
"A verdade é que a notícia da Vanguarda pode deixar interpretação que o Pactual entrou na empresa e não é isso. O Pactual queria receber dinheiro e recebeu ações, e agora ele quer fazer dinheiro com as ações", disse a fonte, que não quis ser identificada.
Contatado, o banco não quis comentar o assunto.
Otaviano Pivetta, principal acionista da Vanguarda antes da operação, diminuiu sua participação na companhia em um total de 247.191.013 ações ordinárias, de acordo com nota da Vanguarda ao mercado.
Com o negócio, a participação de Pivetta na Vanguarda passou de 26,6 para cerca de 16 por cento.
"É uma negociação que já havia sido feita há bastante tempo, e o Pactual exerceu, ficou sócio, já era meu sócio lá atrás", disse Pivetta, ao admitir que tinha uma dívida com a instituição financeira.
Ele não quis revelar o valor do acordo. Com base no preço de fechamento da ação da Vanguarda na última sexta-feira, antes de a informação sobre a participação do BTG vir a público, o negócio seria de 76,6 milhões de reais.
Nesta segunda-feira, a ação da Vanguarda disparou 9,38 por cento, para 0,35 real. Foi a maior alta dentro do Ibovespa, que teve alta de 0,82 por cento.
A Vanguarda, ex-Brasil Ecodiesel, tornou-se uma das maiores produtoras agrícolas no ano passado após se associar com a companhia de Pivetta, empresário de Mato Grosso.
Controle - Apesar da redução da participação de Pivetta, nada muda no controle da companhia, avaliou o empresário, que disse não saber se o BTG Pactual continuará como sócio da empresa ou venderá sua parte.
"Não muda absolutamente nada (no controle), continuamos com os mesmos objetivos, Hélio Seibel, Silvio Tini (outros sócios investidores) e eu. A empresa está rodando maravilhosamente bem, começando a colher a safra com muito sucesso." Pivetta disse ainda esperar que a companhia tenha produtividades recordes na temporada 2011/12, já que suas propriedades agrícolas estão localizadas em áreas não afetadas pela estiagem que quebrou a safra de soja e milho do Sul do país.
Agora, o maior acionista da Vanguarda se torna a Veremonte, o veículo de investimento do empresário espanhol Enrique Bañuelos, com uma fatia de 22 por cento.
Entretanto, a Veremonte não está alinhada com os outros sócios, que compõem o bloco de controle, e deixou o Conselho da companhia em novembro por discordar dos rumos da empresa traçado por Pivetta e outros acionistas.
A Veremonte não quis se manifestar sobre a participação do BTG na empresa, segundo a assessoria de imprensa.
São Paulo - O BTG Pactual ficou com mais de 10 por cento da companhia agrícola Vanguarda ao transformar uma dívida que o principal acionista da companhia tinha com o banco, mas a negociação não deve mudar os rumos da empresa.
Segundo uma fonte próxima à Vanguarda, o BTG não tem intenção de continuar na empresa e realizará um leilão das ações, algo que poderia ocorrer ainda esta semana.
"A verdade é que a notícia da Vanguarda pode deixar interpretação que o Pactual entrou na empresa e não é isso. O Pactual queria receber dinheiro e recebeu ações, e agora ele quer fazer dinheiro com as ações", disse a fonte, que não quis ser identificada.
Contatado, o banco não quis comentar o assunto.
Otaviano Pivetta, principal acionista da Vanguarda antes da operação, diminuiu sua participação na companhia em um total de 247.191.013 ações ordinárias, de acordo com nota da Vanguarda ao mercado.
Com o negócio, a participação de Pivetta na Vanguarda passou de 26,6 para cerca de 16 por cento.
"É uma negociação que já havia sido feita há bastante tempo, e o Pactual exerceu, ficou sócio, já era meu sócio lá atrás", disse Pivetta, ao admitir que tinha uma dívida com a instituição financeira.
Ele não quis revelar o valor do acordo. Com base no preço de fechamento da ação da Vanguarda na última sexta-feira, antes de a informação sobre a participação do BTG vir a público, o negócio seria de 76,6 milhões de reais.
Nesta segunda-feira, a ação da Vanguarda disparou 9,38 por cento, para 0,35 real. Foi a maior alta dentro do Ibovespa, que teve alta de 0,82 por cento.
A Vanguarda, ex-Brasil Ecodiesel, tornou-se uma das maiores produtoras agrícolas no ano passado após se associar com a companhia de Pivetta, empresário de Mato Grosso.
Controle - Apesar da redução da participação de Pivetta, nada muda no controle da companhia, avaliou o empresário, que disse não saber se o BTG Pactual continuará como sócio da empresa ou venderá sua parte.
"Não muda absolutamente nada (no controle), continuamos com os mesmos objetivos, Hélio Seibel, Silvio Tini (outros sócios investidores) e eu. A empresa está rodando maravilhosamente bem, começando a colher a safra com muito sucesso." Pivetta disse ainda esperar que a companhia tenha produtividades recordes na temporada 2011/12, já que suas propriedades agrícolas estão localizadas em áreas não afetadas pela estiagem que quebrou a safra de soja e milho do Sul do país.
Agora, o maior acionista da Vanguarda se torna a Veremonte, o veículo de investimento do empresário espanhol Enrique Bañuelos, com uma fatia de 22 por cento.
Entretanto, a Veremonte não está alinhada com os outros sócios, que compõem o bloco de controle, e deixou o Conselho da companhia em novembro por discordar dos rumos da empresa traçado por Pivetta e outros acionistas.
A Veremonte não quis se manifestar sobre a participação do BTG na empresa, segundo a assessoria de imprensa.