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BTG Pactual (BPAC11) reitera recomendação de compra para a Arezzo (ARZZ3)

Os analistas do BTG Pactual se reuniram com um grupo de diretores da Arezzo, entre os quais o CEO e CCO Alexandre Birman

Arezzo (ARZZ3) (Arezzo/Divulgação)

Arezzo (ARZZ3) (Arezzo/Divulgação)

O BTG Pactual (BPAC11) divulgou um relatório nesta quarta-feira, 29, no qual reiterou a compra de ações da Arezzo (ARZZ3).

Os analistas do BTG Pactual se reuniram com um grupo de diretores da Arezzo, entre os quais o CEO e CCO Alexandre Birman, para discutir sobre o atual cenário e as previsões para o futuro da empresa.

A Arezzo reiterou a solidez de sua estrutura de fornecimento, e elevou a meta a produção de calçados em suas fábricas dos atuais 16% para 25%, com potencial para aumentar também a produção de bolsas após a compra da Sunset e da HG.

Essas empresas recém-adquiridas têm capacidade para produzir mais de 300 mil bolsas por ano, e já eram fornecedoras da Arezzo.

A empresa investirá na modernização das fábricas para melhorar a produtividade, aproveitando a expertise da Sunset para exportar para novos mercados.

Foco no fortalecimento da cadeia de fornecedores da Arezzo (ARZZ3)

Na reunião, foi reiterado que o plano estratégico de 2022 da Arezzo tem três pilares:

  1. expansão no segmento de vestuário feminino, cujo mercado representa R$ 15 bilhões no total, tanto de forma inorgânica, com a aquisição da marca Carol Bassi, quanto com o lançamento de uma linha de vestuário da marca Schutz;
  2. crescimento internacional mais rápido;
  3. aumentar a expansão orgânica das marcas, com cerca de 80 aberturas em 2022;

As iniciativas da cadeia de suprimentos devem se conectar aos planos de expansão, aumentando a capacidade de resposta dos fornecedores, reduzindo o tempo de entrega e permitindo que a empresa reduza as sobras e remarcações, além de melhorar a assertividade com os franqueados.

Todos fatores considerados como chave para mitigar uma possível desaceleração da demanda nos próximos trimestres.

Crescimento da moda de alta qualidade é impressionante, diz BTG Pactual (BPAC11)

Segundo os analistas do BTG Pactual, o consumo de produtos de moda de alta qualidade continua impressionando.

Nos últimos meses, o consumo global (principalmente de itens discricionários) foi impulsionado pela demanda reprimida e pelo aumento da poupança a partir de 2020 e 2021, especialmente das famílias de renda mais alta.

No documento, os analistas do BTG Pactual salientaram como os maiores (e mais capitalizados) varejistas, como a Arezzo, têm vantagens comparativas na forma de melhor acesso à indústria e menores impactos do aumento das taxas de juros.

"Há anos, a Arezzo é vista como uma empresa premium no varejo brasileiro, justificando sua valorização, com melhor execução na gestão de marcas e a operação bem-sucedida de seu modelo de franquia, que a empresa agora está expandindo para uma 'casa de marcas ' após comprar recentemente Reserva, Troc, BAW e Carol Bassi (além do contrato de licenciamento com a Vans desde 2019)", aparece no documento do BTG Pactual.

Segundo o BTG Pactual, apesar do desempenho superior a outros varejistas, a recomendação de compra das ações da Arezzo reflete

  1. a expansão resiliente no mercado local, auxiliada pelo crescimento do comércio eletrônico e multicanal nos próximos anos, e impulsionada pela recuperação do consumo das classes de renda mais alta;
  2. novas marcas como Vans, Reserva e Carol Bassi;
  3. melhores resultados na operação nos EUA graças aos canais de atacado e comércio eletrônico e reposicionamento de preços desde 2020.

Para os analistas do BTG Pactual, a Arezzo está sendo negociada em 20 vezes preço/lucro (P/E), um ponto de entrada considerado "atraente apesar de um mercado local volátil".

O BTG Pactual já tinha recomendando no começo de maio a compra de ações da Arezzo com um preço-alvo de R$ 103, quase o dobro da atual cotação de R$ 69,27.

Acompanhe tudo sobre:ArezzoARZZ3

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