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Brasil ainda não é o foco da BATS

Empresa conclui aquisição da Chi-X Europe, mas ainda não fala sobre a entrada na América Latina

"Neste momento, ainda não podemos comentar quando o Brasil irá se tornar um foco", afirma BATS (Germano Luders)

"Neste momento, ainda não podemos comentar quando o Brasil irá se tornar um foco", afirma BATS (Germano Luders)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 16h33.

São Paulo – A BATS Global Markets, operadora da terceira maior bolsa dos Estados Unidos, ainda não definiu quando dará total atenção para o projeto de criar uma nova bolsa de valores no Brasil e concorrer com a BM&FBovespa, que hoje detém o monopólio do setor no país. A desafiante concluiu recentemente a aquisição da Chi-X Europe. A aquisição fez da companhia a segunda maior bolsa de valores da Europa, atrás apenas da London Stock Exchange (LSE, a bolsa de valores de Londres).

Em comunicado enviado hoje ao mercado, o CEO (Chief Executive Officer) da BATS, Joe Ratterman, afirmou que a empresa estará focada na integração e melhora dos serviços prestados para os investidores europeus. Segundo ele, enquanto a aprovação regulatória não é conferida, “começaremos a desenvolver os nossos planos relacionados à tecnologia, produtos, infraestrutura e operacional e iremos trazer novas informações sobre os nossos planos e objetivos para os participantes europeus nas próximas semanas”, explicou.

“O acordo da Chi-X Europe está puramente focado no mercado europeu e é completamente independente do Brasil. Neste momento, ainda não podemos comentar quando o Brasil irá se tornar um foco”, disse Stacie Fleming, da área de comunicação da empresa, em resposta a uma solicitação de Exame.com. Ratterman disse ainda em sua nota que o acordo com a Chi-X precisa ser entendida de maneira diferente às dos recentes acordos entre bolsas de valores no mundo, como a integração da Nyse com a Deutsche Boerse.

“Enquanto alguns podem pensar que esta combinação é só mais uma entre os mega acordos recentemente anunciados pela imprensa, a vemos como única e diferente. Nossos competidores parecem pensar que maior é melhor. Nós argumentamos que melhor é melhor. Não somos duas companhias gigantes ficando maior. Somos duas empresas focadas, ágeis, agressivas e inovadoras se unindo, e iremos manter o mesmo foco depois que o acordo for fechado”, ressalta o executivo.

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