Esforços da BP para conter o vazamento no Golfo já custaram US$ 1,6 bi à empresa (AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2010 às 14h38.
Londres - O grupo britânico BP estava perdendo mais de 10% na tarde desta segunda-feira na Bolsa de Londres, num mercado preocupado com a criação de um fundo de garantia pela empresa, que está sendo exigido pelos Estados Unidos, para enfrentar as indenizações ligadas à maré negra e o futuro dos dividendos.
No final da manhã, a ação estava valendo 351 pence, ou seja, uma baixa de 10,44% em relação à sexta-feira, no fechamento da praça londrina.
Os Estados Unidos querem que a empresa britânica British Petroleum (BP) abra uma conta embargada para honrar as indenizações relacionadas à mancha de óleo que vazou no Golfo do México, explicou domingo o assessor de Barack Obama, David Axelrod, num programa do canal NBC.
"Queremos garantir que o dinheiro seja embargado para responder a pedidos legítimos de indenização que foram feitos e vão continuar sendo apresentados por parte de empresas e particulares prejudicados", disse.
"Pretendemos nos assegurar de que o dinheiro seja administrado de maneira independente e que não haverá reticências na hora de indenizar", acrescentou.
O presidente Obama pode fazer o pedido diretamente aos dirigentes da BP, numa reunião nesta quarta-feira na Casa Branca; eles depositariam, então, vários milhões de dólares numa conta embargada.
Segundo o jornal britânico Times, o pagamento de dividendos da BP para o segundo trimestre poderá ser suspenso e embargado até que seja determinado o custo final do que a britânica pagaria por prejuízos causados pela maré negra, depois da explosão, no dia 20 de abril, de uma plataforma de petróleo administrada pela companhia.
O grupo estimou nesta segunda-feira que os esforços para conter o vazamento já custaram ao grupo 1,6 bilhão de dólares.