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Bovespa vai para cima, diz a corretora Planner

Cenário internacional das commodities e recuperação interna brasileira devem aquecer investimentos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2010 às 11h31.

São Paulo - Em um cenário de recuperação econômica dos mercados globais e a possibilidade do calote vindo de países da zona do euro, principalmente dos PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha), fica mais nítida a percepção mundial de que o Brasil é um bom local para investir. Essa é a opinião da corretora Planner, para quem a Bovespa "vai para cima" neste ano.

A análise destaca o desempenho das commodities no último mês e a chegada do período de altas sazonais desses produtos. Há a perspectiva de aumento da demanda por petróleo e a especulação em torno da nova safra de grãos dos Estados Unidos, mas o que vem segurando a boa performance das commodities nos mercados é a forte demanda de países como a China, que, mesmo com a crise, não diminuiu seu apetite por matérias-primas.

Os negócios com o país asiático serão decisivos, pois o preço do minério de ferro deve ser reajustado para cima nos próximos meses. Com um grande volume de ações ligadas a commodities na BM&FBovespa, a quantidade de capital estrangeiro que aportará na Bolsa pode ser determinado por esses preços.

Um aumento dos investimentos no Brasil também passa pela demanda dos consumidores e a recuperação do setor de varejo - aos poucos o governo vem retirando o benefício de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido -, o aumento do crédito e a diminuição da inadimplência. Assim, negócios internos seguiriam o fluxo dos estrangeiros, que, apesar de terem retirado 3,4 bilhões de reais da Bolsa no início deste ano, retornaram com saldo positivo de 1,1 bilhão de reais até a última sexta-feira (5/3).

Apesar do otimismo do relatório da Planner, a corretora alerta que as possibilidades de calote dos países com forte dívida pública na União Européia são grandes e preocupantes. Segundo a análise, esse perigo já é motivo para que o Banco Central do continente não aumente a taxa básica de juros e reduza os gastos públicos. Apesar dos problemas, a Planner acredita que a questão atual da Grécia já serviu de alerta suficiente para a Europa.

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