Bovespa tem 1º saldo negativo de capital externo do ano
Para profissionais do mercado, no entanto, o movimento não pode ser visto como uma tendência, mas um comportamento pontual
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 11h11.
São Paulo - Depois de 26 pregões de ingressos consecutivos, o saldo de capital externo na Bovespa teve o primeiro resultado negativo de 2013, na segunda-feira (21), quando os investidores estrangeiros resgataram R$ 147,274 milhões.
Para profissionais do mercado, no entanto, o movimento não pode ser visto como uma tendência, mas um comportamento pontual.
No dia 21, feriado nos Estados Unidos, o Ibovespa fechou com leve queda, de 0,09%, aos 61.899,71 pontos, e o giro financeiro foi de R$ 6,655 bilhões, dos quais R$ 2,7 bilhões referentes ao exercício de opções sobre ações.
Para o chefe do depto de análise da SLW Corretora, Pedro Galdi, a retirada deve ser entendida como um movimento pontual. "O capital estrangeiro continua entrando na Bolsa, um pouco todo dia. Este pregão foi fora da curva", diz, ressaltando que a Bovespa continua barata, mas que as medidas intervencionistas do governo e a fraqueza do PIB brasileiro acabam inibindo um fluxo maior.
"Muito dinheiro foi para o Japão neste início do ano, que conta com um novo primeiro ministro, e para o México", afirma.
Galdi lembra que a Bolsa brasileira tem subido bem menos do que as outras do mundo. Neste ano, até a terça-feira (22) o Ibovespa teve alta de apenas 1,21% no ano, enquanto o Dow Jones subiu 4,64%, Londres, +4,85% e Paris +2,68%.
"O Brasil está recebendo capital, porque a Bolsa está barata, com muitas oportunidades, mas há desconfiança do estrangeiro."
O diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso, concorda que é cedo para ver uma tendência de saída de capital externo da Bolsa. "Ontem, por exemplo, o volume da Bovespa foi razoável. Se as coisas se acalmarem nos Estados Unidos, o volume pode continuar positivo. O mercado está tentando fôlego para andar", avalia.
Para ele, uma saída de R$ 147 milhões é muito pequena frente a ingressos de quase R$ 7 bilhões registrados entre dezembro e janeiro. "É normal uma realização depois de um período maior de compras", diz.
O volume de capital externo foi positivo desde o dia 10 de dezembro, acumulando 26 pregões de entradas, um a menos do que o registrado entre o final de dezembro de 2011 e o início do ano passado. O fluxo começou forte em janeiro, mas o volume foi caindo. Na primeira semana do ano, o ingresso somou R$ 1,247 bilhão, na segunda, R$ 1,743 bilhão, caindo para R$ 426,080 milhões na terceira semana.
Com o resultado da segunda-feira (21), o superávit de recursos externos na Bovespa em janeiro caiu para R$ 3,269 bilhões até esta data. A cifra é resultado de compras de R$ 41,716 bilhões e vendas de R$ 38,446 bilhões no período.
São Paulo - Depois de 26 pregões de ingressos consecutivos, o saldo de capital externo na Bovespa teve o primeiro resultado negativo de 2013, na segunda-feira (21), quando os investidores estrangeiros resgataram R$ 147,274 milhões.
Para profissionais do mercado, no entanto, o movimento não pode ser visto como uma tendência, mas um comportamento pontual.
No dia 21, feriado nos Estados Unidos, o Ibovespa fechou com leve queda, de 0,09%, aos 61.899,71 pontos, e o giro financeiro foi de R$ 6,655 bilhões, dos quais R$ 2,7 bilhões referentes ao exercício de opções sobre ações.
Para o chefe do depto de análise da SLW Corretora, Pedro Galdi, a retirada deve ser entendida como um movimento pontual. "O capital estrangeiro continua entrando na Bolsa, um pouco todo dia. Este pregão foi fora da curva", diz, ressaltando que a Bovespa continua barata, mas que as medidas intervencionistas do governo e a fraqueza do PIB brasileiro acabam inibindo um fluxo maior.
"Muito dinheiro foi para o Japão neste início do ano, que conta com um novo primeiro ministro, e para o México", afirma.
Galdi lembra que a Bolsa brasileira tem subido bem menos do que as outras do mundo. Neste ano, até a terça-feira (22) o Ibovespa teve alta de apenas 1,21% no ano, enquanto o Dow Jones subiu 4,64%, Londres, +4,85% e Paris +2,68%.
"O Brasil está recebendo capital, porque a Bolsa está barata, com muitas oportunidades, mas há desconfiança do estrangeiro."
O diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso, concorda que é cedo para ver uma tendência de saída de capital externo da Bolsa. "Ontem, por exemplo, o volume da Bovespa foi razoável. Se as coisas se acalmarem nos Estados Unidos, o volume pode continuar positivo. O mercado está tentando fôlego para andar", avalia.
Para ele, uma saída de R$ 147 milhões é muito pequena frente a ingressos de quase R$ 7 bilhões registrados entre dezembro e janeiro. "É normal uma realização depois de um período maior de compras", diz.
O volume de capital externo foi positivo desde o dia 10 de dezembro, acumulando 26 pregões de entradas, um a menos do que o registrado entre o final de dezembro de 2011 e o início do ano passado. O fluxo começou forte em janeiro, mas o volume foi caindo. Na primeira semana do ano, o ingresso somou R$ 1,247 bilhão, na segunda, R$ 1,743 bilhão, caindo para R$ 426,080 milhões na terceira semana.
Com o resultado da segunda-feira (21), o superávit de recursos externos na Bovespa em janeiro caiu para R$ 3,269 bilhões até esta data. A cifra é resultado de compras de R$ 41,716 bilhões e vendas de R$ 38,446 bilhões no período.