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Bovespa sobe 0,75%, após cinco baixas consecutivas

Por Sueli Campo São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo teve um respiro hoje e subiu 0,75%, aos 69.708,63 pontos, e com isso, interrompeu uma sequência de cinco dias no vermelho, que deixou como saldo uma desvalorização de 4,7% no período. No entanto, essa trégua de hoje é pouco consistente, pois as […]

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2010 às 18h07.

Por Sueli Campo

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo teve um respiro hoje e subiu 0,75%, aos 69.708,63 pontos, e com isso, interrompeu uma sequência de cinco dias no vermelho, que deixou como saldo uma desvalorização de 4,7% no período. No entanto, essa trégua de hoje é pouco consistente, pois as ações principais - Vale e Petrobras - perderam fôlego em relação à recuperação da manhã, o que levou o índice Bovespa a desacelerar os ganhos. Petrobras PN avançou 0,20% e Petrobras ON subiu 0,46%, enquanto Vale PNA ganhou 0,12% e Vale ON cedeu 0,15%.

Problemas técnicos no Mega Bolsa na hora final do pregão travaram os negócios com alguns papéis importantes como Vale, Usiminas, PDG Realty, Gafisa e B2W, que ficaram mais de uma hora ostentando a mesma cotação. O pregão à vista teve de ser estendido pela Bolsa até por volta das 18h30.

O reduzido volume negociado na Bovespa, de R$ 4,9 bilhões, é visto como sinal da falta de solidez dessa alta do mercado doméstico. "As blue chips não decolaram e o volume é baixo. O que está havendo é uma recomposição de preços na construção civil e no setor de consumo", afirma o responsável pela área de investimentos de uma grande corretora nacional. Foram os papéis desses dois setores que mantiveram a Bolsa durante a tarde.

A construtora MRV ON subiu 4,97%; Lojas Americanas, 4,60%; companhia de varejo eletrônico B2W, 4,15%, seguida por Brascan Residencial 3,65% e Lojas Renner ON, 3,59%. No caso das construtoras, analistas citam rumores sobre um novo pacote de crédito de longo prazo que seria anunciado pelo próximo governo. De concreto, há os balanços favoráveis das construtoras, que reacenderam o apetite dos investidores estrangeiros por esses papéis.

A recuperação da Bolsa é contida ainda por China e Irlanda, que continuam como potenciais focos de tensão, tirando o sono dos investidores ao redor do mundo desde a última sexta-feira. E nos EUA a recuperação da economia ainda é muito frágil, o que mais uma vez foi atestado pelos indicadores econômicos apresentadas na manhã desta quarta-feira.

Operadores não apostam numa boa recuperação da Bovespa esta semana, que deve continuar ainda à mercê do índice Dow Jones, e à espera do pronunciamento na sexta-feira do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, a respeito do reequilíbrio mundial, numa conferência do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt. O mais provável é que o Ibovespa fique girando nesse curto prazo em torno dos 69 mil e 70 mil pontos.

A desaceleração do sinal de alta da Bovespa à tarde é explicada também pelo enfraquecimento do Dow Jones, que conforme disse uma fonte "parou para pensar nos 11 mil pontos". O índice da Bolsa de Nova York registrava variação negativa de 0,05%, aos 11.018,87 pontos, às 18h50, enquanto o S&P 500 avançava 0,09% e o Nasdaq, 0,28%.

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