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Bovespa sobe 0,07% aos 69.580,28 pontos

Por Rosangela Dolis São Paulo - O compromisso dos ministros de Finanças do G-20, em reunião no fim de semana, de evitar depreciação de suas moedas a fim de obter vantagem competitiva acabou funcionando como "uma faca de dois gumes" para a Bovespa, resume Pedro Galdi, da SLW Corretora. O resultado foi que a Bovespa, […]

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2010 às 17h30.

Por Rosangela Dolis

São Paulo - O compromisso dos ministros de Finanças do G-20, em reunião no fim de semana, de evitar depreciação de suas moedas a fim de obter vantagem competitiva acabou funcionando como "uma faca de dois gumes" para a Bovespa, resume Pedro Galdi, da SLW Corretora. O resultado foi que a Bovespa, embora influenciada pela alta das commodities e pelo sinal positivo dos pregões em Nova York, fechou com valorização leve, de 0,07%, aos 69.580,28 pontos.

De um lado, o compromisso do G-20 deu força à Bovespa, porque enfraqueceu o dólar e elevou os preços das commodities, impulsionando os papéis da Petrobras e da Vale. De outro, puxou o índice à vista para baixo, pois manteve o dólar em queda e reforçou os receios entre os investidores de que o governo tome novas medidas para controlar a apreciação do real, atingindo o mercado acionário.

Ao longo da sessão, o Ibovespa oscilou entre a máxima de 70.230,79 pontos, em alta de 1,01%, à mínima de 69.450,62 pontos, em queda de 0,11% - o sinal vermelho foi acionado à tarde, após o anúncio de que o ministro Guido Mantega, da Fazenda, daria entrevista às 15h30. Como Mantega não anunciou nenhuma nova medida cambial na entrevista coletiva, a Bovespa voltou ao campo positivo.

O volume financeiro atingiu R$ 5,896 bilhões, menor que o de R$ 6,213 bilhões de sexta-feira.

Os papéis ON da Petrobras, subiram 1,72%, e os PN, 1,49%. As ações ON da Vale evoluíram 0,83% e as PNA, 0,54%.

A safra de balanços do terceiro trimestre também já faz "preço" na Bovespa. Parte da alta da Vale hoje foi creditada ao fato de que nesta quarta-feira a companhia divulgará seus resultados do terceiro trimestre, que devem vir muito fortes.

Ações de bancos também reagiram ao fator balanço: Bradesco PN subiu 1,23% e a unit do Santander, +2,60% - eles anunciam seus resultados na quarta e na quinta-feira, respectivamente. De acordo com analistas ouvidos pela Agência Estado, a expansão mais acelerada do crédito no terceiro trimestre ante os períodos anteriores, principalmente em empréstimos para pequenas e médias empresas e financiamento ao consumo, deve impulsionar o lucro dos bancos.

A essas fortes altas se contrapuseram perdas expressivas em papéis da Usiminas - ON, -2,73%, e PNA, -2,23%. A empresa divulgará seus resultados no terceiro trimestre nesta quinta-feira, e o mercado espera resultado fraco nesse trimestre e também no quarto trimestre.

As bolsas norte-americanas fecharam em alta. O Dow Jones subiu 0,28%; o Nasdaq, 0,46%, e o S&P500, 0,21%.

O compromisso do G-20 ecoou também em Nova York. Ao lado de indicadores divergentes sobre a recuperação da economia dos EUA, deu gás ao elevar as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) deverá anunciar medidas de afrouxamento quantitativo nos EUA, como forma de estímulo ao crescimento da economia norte-americana, em reunião na próxima semana.

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