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Bovespa recua na abertura com foco no exterior

Os principais índices de ações da Europa e os futuros de Nova York operam no território negativo, assim como o Ibovespa à vista

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 10h44.

São Paulo - Após os fortes ganhos da semana passada, quando acumulou alta de 6,49%, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inicia a semana com certo viés de baixa, em sintonia com a realização de lucros no exterior. Os principais índices de ações da Europa e os futuros de Nova York operam no território negativo, assim como o Ibovespa à vista. O movimento ao longo do dia, no entanto, dependerá de Wall Street e do exercício de opções sobre ações na Bovespa, o que também deve elevar a liquidez.

Às 10h11, o Ibovespa à vista recuava 0,28%, aos 61.928 pontos, na mínima. Em Nova York, o S&P futuro tinha baixa de 0,14% e o Nasdaq futuro recuava 0,02%. Na Europa, onde os índices à vista já operam, Londres recuava 0,28%, Paris cedia 0,56%, Frankfurt caía 0,20% e Madri tinha baixa de 0,51%.

"Está tudo ligeiramente para baixo no exterior. E hoje devemos ter um volume grande por causa do exercício de opções sobre ações", comentou um operador ouvido há pouco pela Agência Estado. "E vai ser um exercício bem sucedido em várias séries de Petrobras e Vale, com os vendidos se dando mal", resumiu.

Na semana passada, com a alta dos papéis de Vale e Petrobras, entre outros, em função do anúncio do novo programa de injeção de liquidez nos Estados Unidos (QE3), ficou claro que os vendidos em opções ficariam em dificuldades. Com as ações em patamares mais elevados, quem apostou em preços mais baixos acabou perdendo dinheiro.

A opção é um contrato que confere ao portador o direito de compra ou venda de um ativo a um preço predeterminado. O vencimento de opções é a data de validade desses contratos. A partir do dia seguinte, o detentor da opção não pode mais exercê-la. Por isso, no dia de vencimento das opções e nos dias imediatamente anteriores, o movimento da Bolsa pode sofrer distorções, com os investidores atuando para que os preços das ações se aproximem daqueles valores que mais os favorecem quando a opção for exercida.

No exterior, os principais índices operam em queda em um movimento de realização de lucros e após o encontro dos ministros de Finanças da Europa, no fim de semana, não trazer um consenso sobre o supervisor único para os bancos na zona do euro. As bolsas chinesas tiveram quedas acentuadas, em meio às preocupações com a disputa entre a China e o Japão por ilhas da região.


O preço do minério de ferro na China, por sua vez, fechou no maior patamar em um mês, cotado a US$ 105,1 a tonelada seca nesta segunda-feira, ante US$ 101,6 da última sexta-feira. O resultado traz um viés positivo para as ações da Vale, bastante influenciada nos últimos tempos por esta cotação.

As ações do setor bancário, em especial dos bancos menores, também serão observadas com atenção, após o Banco Central, na última sexta-feira, alterar as regras dos compulsórios e injetar cerca de R$ 30 bilhões no sistema.

Após atingir os 62.105 pontos na última sexta-feira, o Ibovespa pode seguir testando a região dos 62 mil pontos até a resistência de 63.900 pontos, conforme análise gráfica distribuída a clientes nesta segunda-feira pela Um Investimentos. No lado da baixa, a primeira resistência passa pelos 59.500 pontos.

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