Bovespa recua em dia de vencimentos, com Fed no radar
Às 11:59, o Ibovespa caía 0,67%, a 72.264. Na máxima, se aproximou de 73 mil pontos, ao subir 0,3%
Clara Cerioni
Publicado em 13 de junho de 2018 às 14h54.
São Paulo - A bolsa paulista mostrava fraqueza na manhã desta quarta-feira, após uma abertura mais positiva, em sessão marcada pelos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, enquanto agentes financeiros aguardavam o resultado da reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos.
Às 11:59, o Ibovespa caía 0,67 por cento, a 72.264. Na máxima, se aproximou de 73 mil pontos, ao subir 0,3 por cento. O volume financeiro do pregão somava 2,6 bilhões de reais.
Na véspera, o Ibovespa subiu 0,6 por cento, encerrando uma série de cinco quedas seguidas, em que acumulou perda de 8 por cento, com os negócios afetados pelas incertezas no cenário político-eleitoral e sobre o ritmo da economia brasileira.
"As atenções nesta quarta estão voltadas para o Fomc (comitê de política monetária do banco central dos EUA), que deve aumentar a taxa de juros e consolidar as quatro altas esperadas para este ano, em virtude do cenário inflacionário convergindo para a meta nos Estados Unidos", destacou o analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos.
O comunicado com a decisão do Federal Reserve (Fed) e as suas novas projeções serão divulgados às 15h (horário de Brasília). O chair do Fed, Jerome Powell, falará à imprensa meia hora depois.
Antes da decisão do Fed, Suzaki ressaltou que os vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro devem adicionar volatilidade aos negócios.
No exterior, Wall Street mostrava o S&P 500 em alta de 0,04 por cento, enquanto o europeu FTSEurofirst 300 operava estável. O índice MSCI de ações de mercados emergentes caía 0,43 por cento. O dólar cedia 0,17 por cento ante uma cesta de moedas.
DESTAQUES
- BRF caía 4,88 por cento, no pior desempenho do Ibovespa, tendo no radar notícia de que a companhia vai desativar uma linha de produção de carne de peru em Mineiros (GO), em razão dos impactos de restrições à exportação. No ano, os papéis da contabilizam uma perda ao redor de 45 por cento.
- CIELO perdia 4 por cento, a 14,79 reais, após ter tocado 14,69 reais, menor patamar intradia desde setembro de 2013. Um gestor ouvido pela Reuters atribuiu o movimento à pressão vendedora em razão de perspectiva de maior competição no setor de meios eletrônicos de pagamentos
- PETROBRAS PN cedia 1,55 por cento e PETROBRAS ON recuava 0,99 por cento, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior, enquanto seguem as incertezas sobre a autonomia da petrolífera de controle estatal.
- BANCO DO BRASIL recuava 2,04 por cento, após alta na véspera, na segunda sessão consecutiva de perdas para o setor bancário no Ibovespa. ITAÚ UNIBANCO perdia 0,65 por cento, BRADESCO PN cedia 0,85 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT tinha queda de 1,99 por cento.
- GERDAU PN caía 0,55 por cento, após ser condenada em segunda instância em ação antitruste que prevê multa milionária. A empresa irá recorrer. CSN subia 0,59 por cento e USIMINAS PNA cedia 0,24 por cento.
- ELETROBRAS ON tinha acréscimo de 3,7 por cento, após o governo dizer na véspera que irá priorizar a aprovação de um projeto de lei sobre a privatização de distribuidoras da elétrica de controle estatal. ELETROBRAS PNB subia 2,97 por cento.
- GOL PN valorizava-se 3,16 por cento, encontrando suporte na trégua do fortalecimento do dólar ante o real, que voltou ao patamar ao redor de 3,70 reais.