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Ibovespa recua com dólar e Petrobras no radar

Às 12h23, o Ibovespa perdia 1,71 por cento, a 48.045 pontos, sinalizando encerrar a semana com declínio de 4,6 por cento


	Petrobras: no Brasil, Petrobras voltava a trazer desconforto a agentes financeiros
 (REUTERS/Gabriel Lordello)

Petrobras: no Brasil, Petrobras voltava a trazer desconforto a agentes financeiros (REUTERS/Gabriel Lordello)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2015 às 13h16.

São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava nesta sexta-feira, com bancos privados e Petrobras entre as principais pressões negativas, com o noticiário sobre a estatal alimentando cautela entre investidores, enquanto o fortalecimento do dólar e queda do petróleo no exterior corroboravam o viés negativo.

Às 12h23, o Ibovespa perdia 1,71 por cento, a 48.045 pontos, sinalizando encerrar a semana com declínio de 4,6 por cento.

O volume financeiro da sessão somava 2,7 bilhões de reais.

Em Wall Street, o índice S&P 500 recuava 2,06 por cento, com o Brent abaixo de 57 dólares pressionando ações de energia.

A retomada da valorização global do dólar , particularmente frente ao euro também pesava, alimentando incertezas sobre o resultado de multinacionais.

No Brasil, Petrobras voltava a trazer desconforto a agentes financeiros, com reportagem da Folha de São Paulo aventando a possibilidade da estatal adiar a divulgação do balanço auditado.

A empresa afirmou em nota à Reuters que "não cogita o adiamento". As preferenciais da Petrobras ainda recuavam 2,96 por cento, mas, na mínima, chegaram a cair 4 por cento.

Os papéis ordinários caíam 2,9 por cento. Itaú Unibanco e Bradesco também pesavam, com quedas de 2 e 2,3 por cento, respectivamente, em meio à avaliação de agentes financeiros de que a situação macroeconômica e política no Brasil segue complexa e sem sinais de melhora no curto prazo.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aliás, irá à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal no próximo dia 31 para falar sobre as medidas adotadas pelo governo para reequilibrar as contas públicas.

Papéis do setor elétrico também estavam no vermelho, entre elas Cemig, que caía 4 por cento, após ter recomendação reduzida pelo Credit Suisse de "neutra" para "underperform" em amplo relatório sobre o setor.

Outra pressão negativa no Ibovespa vinha da mineradora Vale, com os papéis caindo mais de 2 por cento, a despeito da depreciação cambial, com o cenário para o minério de ferro ainda desfavorável para a companhia diante da perspectiva de desaceleração da China.

A alta do dólar sobre o real nesta sessão levando a cotação acima de 3,20, por sua vez, ajudava fabricantes de papel e celulose como Suzano e Fibria, além de siderúrgicas como CSN e Usiminas e exportadoras como a Embraer.

No caso de Suzano, a empresa também aprovou a distribuição de 150 milhões de reais em dividendos.

Marcopolo seguia em alta, liderando os ganhos do índice, após a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicar na véspera minuta de regras sobre linhas interestaduais e internacionais de transporte rodoviário.

Da safra de balanços, a ação da varejista Lojas Americanas recuava quase 4 por cento, acompanhando o viés do pregão, mesmo após avaliação positiva de analistas sobre seu resultado trimestral na véspera, com muitos operadores tendo antecipado os números melhores no quarto trimestres.

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