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Bovespa recua com cenário internacional degradado

O noticiário envolvendo Europa e EUA segue no radar dos investidores e parece incapaz de trazer alento, junto com o rebaixamento de bancos gregos anunciado pela Moody's

Por aqui, as atenções também se voltam para o comportamento do real (Germano Luders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2011 às 10h56.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo ( Bovespa ) ensaiou uma alta no início do pregão, mas passou para o campo negativos nos minutos seguintes. O noticiário envolvendo Europa e EUA segue no radar dos investidores e parece incapaz de trazer qualquer alento, em meio ao rebaixamento de bancos gregos anunciado pela agência de classificação de risco Moody's. Por aqui, as atenções também se voltam para o comportamento do real. Às 10h19, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,88%, aos 52.810 pontos.

"Enquanto não houver ações que modifiquem o atual cenário, os mercados financeiros não vão melhorar", avalia o diretor da Ativa Corretora, Álvaro Bandeira, para quem o dia será novamente de desequilíbrio e estresse nos negócios com risco. O profissional destaca que os próximos níveis de resistência da Bolsa situam-se em torno dos 52 mil e dos 50 mil pontos, antes de buscar o piso de 2011, já nos 48 mil pontos. "Mas aqui não tem condição de bater o tambor; vai depender do ritmo que será ditado lá fora", completa.

Bandeira lembra que a sexta-feira amanheceu com um horizonte mais claro na Europa, após o G-20 prometer fortes ações coordenadas para estabilizar o sistema financeiro e ancorar o crescimento econômico. Mas bastou a Grécia admitir que o país enfrenta um risco de default (calote) desordenado e a Moody's rebaixar oito bancos gregos em duas notas para que os índices acionários migrassem para o campo negativo, ecoando a performance da véspera.

"O discurso é muito bom, mas entre discursar e fazer há uma grande distância e os mercados realizam em meio à inação das autoridades", afirma o especialista. Nesse sentido, Bandeira aponta para a importância das reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do encontro entre ministros de Finanças e representantes de bancos centrais do G-20, hoje, em Washington. "O fim de semana pode trazer, enfim, algumas respostas."

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"Enquanto não houver ações que modifiquem o atual cenário, os mercados financeiros não vão melhorar", avalia o diretor da Ativa Corretora, Álvaro Bandeira, para quem o dia será novamente de desequilíbrio e estresse nos negócios com risco. O profissional destaca que os próximos níveis de resistência da Bolsa situam-se em torno dos 52 mil e dos 50 mil pontos, antes de buscar o piso de 2011, já nos 48 mil pontos. "Mas aqui não tem condição de bater o tambor; vai depender do ritmo que será ditado lá fora", completa.

Bandeira lembra que a sexta-feira amanheceu com um horizonte mais claro na Europa, após o G-20 prometer fortes ações coordenadas para estabilizar o sistema financeiro e ancorar o crescimento econômico. Mas bastou a Grécia admitir que o país enfrenta um risco de default (calote) desordenado e a Moody's rebaixar oito bancos gregos em duas notas para que os índices acionários migrassem para o campo negativo, ecoando a performance da véspera.

"O discurso é muito bom, mas entre discursar e fazer há uma grande distância e os mercados realizam em meio à inação das autoridades", afirma o especialista. Nesse sentido, Bandeira aponta para a importância das reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do encontro entre ministros de Finanças e representantes de bancos centrais do G-20, hoje, em Washington. "O fim de semana pode trazer, enfim, algumas respostas."

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