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Bovespa recua 1,2% em movimento de ajuste com pressão da Vale

O mercado acionário brasileiro abriu em alta, ainda amparado pelo otimismo com a tramitação de medidas econômicas do governo Temer no Congresso

Bovespa: a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de reduzir o estímulo econômico propiciou o movimento de ajuste (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de reduzir o estímulo econômico propiciou o movimento de ajuste (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 19h20.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em baixa nesta quinta-feira, em movimento de ajuste após subir nos dois pregões anteriores e tendo as ações da Vale entre as principais pressões negativas.

O Ibovespa caiu 1,2 por cento, a 60.676 pontos. Na máxima da sessão, o índice subiu 0,85 por cento.

O volume financeiro somou 6,5 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês até a véspera, de 8,68 bilhões de reais, e inferior também à media diária para o ano, de 7,39 bilhões de reais.

O mercado acionário brasileiro abriu em alta, ainda amparado pelo otimismo com a tramitação de medidas econômicas do governo do presidente Michel Temer no Congresso Nacional, após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir na véspera, por 6 votos a 3, manter Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado.

Nesta manhã, o senador afirmou que a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos está mantida para o dia 13 de dezembro.

O movimento de alta, contudo, perdeu força ao longo da sessão, com a ausência de notícias suficientes para tirar do radar preocupações com o cenário político, que ainda segue conturbado.

A decisão do Banco Central Europeu (BCE) de reduzir o estímulo econômico propiciou o movimento de ajuste.

A autoridade monetária europeia anunciou que vai cortar as compras mensais de ativos a partir de abril do próximo ano para 60 bilhões de euros, dos atuais 80 bilhões de euros, mas estendeu o programa até o final de 2017.

A expectativa do mercado era de que as compras ficassem em 80 bilhões de euros, mas apenas por mais 6 meses.

Segundo operadores, a decisão tem um viés negativo para mercados emergentes como o Brasil por receio de que possa diminuir o fluxo global de investimentos, principalmente em meio ao cenário de expectativa de alta de juros nos Estados Unidos.

Destaques

- VALE PNA caiu 3,99 por cento e VALE ON teve perda de 2,9 por cento, revertendo os ganhos vistos mais cedo, com as fortes altas recentes abrindo espaço para ajustes, mesmo diante de uma novo avanço do minério de ferro. Apenas em novembro, as ações PNA subiram quase 24 por cento.

- PETROBRAS PN recuou 1,01 por cento, enquanto PETROBRAS ON subiu 0,22 por cento, em uma sessão volátil para os papéis da petrolífera. Enquanto a alta dos preços do petróleo no mercado internacional favoreceu o avanço das ações da petroleira, a decisão de terça-feira do Tribunal de Contas da União (TCU), que aprovou medida cautelar que proíbe a Petrobras de assinar novos contratos de venda de ativos e de iniciar novos processos de alienação, pesou sobre as ações.

- ITAÚ UNIBANCO perdeu 0,59 por cento, ajudando a pressionar o Ibovespa devido ao peso dos papéis em sua composição. BRADESCO PN teve baixa de 1,04 por cento. As ações do setor bancário têm mostrado volatilidade após os fortes ganhos deste ano. Em novembro, os papéis do Itaú Unibanco caíram 7,7 por cento, mas ainda acumulavam alta de cerca de 47 por cento no ano.

- JBS caiu 2,53 por cento, com os investidores embolsando parte dos lucros obtidos após a alta de 23,4 por cento acumulada nos dois pregões anteriores devido à boa recepção do novo plano de reorganização.

- LOCALIZA perdeu 0,81 por cento, em movimento de ajuste após subir 11,6 por cento nas duas sessões anteriores, com os ganhos amparados no acordo para comprar as operações brasileiras da Hertz.

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