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Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2010 às 09h02.
SÃO PAULO, 7 de outubro (Reuters) - O principal índice das
ações brasileiras caía abaixo de 70 mil pontos nesta
quinta-feira, com destaque para o pessimismo sobre a Petrobras
após a bilionária capitalização da estatal.
Às 11h50, o Ibovespa caía 0,95 por cento, a 68.871
pontos. O giro do pregão era de 2,6 bilhões de reais.
A ação preferencial da Petrobras recuava 2,8 por
cento, a 25,14 reais, no terceiro dia de forte queda. A ação
ordinária caía 3,7 por cento, a 28,10 reais. Os dois
papéis chegaram a ceder 4,7 e 5,5 por cento, respectivamente.
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A empresa tem sofrido nesta semana com o fim do período de
silêncio de instituições que participaram da oferta de ações,
no mês passado. Os primeiros relatórios de analistas, como de
Itaú Corretora e Barclays, mostraram pessimismo com a empresa.
"Tudo isso é em função das revisões dos bancos que
participaram da oferta", disse Andres Kikuchi, da Link
Investimentos, que divulga semana que vem a sua revisão para o
papel, antes em torno do 30 reais.
Profissionais de mercado apontam para a ausência a partir
de agora de um banco estabilizador, que atuava durante a oferta
de ações. Operadores comentaram ainda rumores de que revistas
poderiam trazer matéria envolvendo a Petrobras.
"Tem uma especulação de que pode estourar escândalo da
Petrobras envolvendo PT em revistas semanais", disse Erick
Scott, da SLW Corretora.
A ação preferencial da Petrobras acumula queda de cerca de
8 por cento em três dias, sendo cotada abaixo dos valores
definidos na capitalização.
Outra ação em forte baixa no Ibovespa era da construtora
PDG Realty , que devolvia parte dos ganhos vistos na
semana após divulgação de números robustos de vendas. A ação
caía 3,1 por cento, a 21,16 reais, após alta acumulada de cerca
de 8 por cento no mês até a quarta-feira.
No lado positivo, as ações da Net exibiam a
maior alta do Ibovespa, com variação de 3 por cento, a 22,61
reais. A operadora de TV a cabo é alvo nesta tarde do leilão
para a Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações, promovido
pela Embratel . O leilão já foi adiado uma vez.
(Reportagem de Silvio Cascione e Denise Luna; Edição de
Alexandre Caverni)