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Bovespa oscila pela manhã, de olho no exterior

O sinal negativo que prevalece nos mercados internacionais nesta manhã, digerindo o noticiário vindo da Itália

Bovespa deve seguir no rastro do exterior, sem a previsão de nenhum outro evento econômico capaz de mudar a rota (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa deve seguir no rastro do exterior, sem a previsão de nenhum outro evento econômico capaz de mudar a rota (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2011 às 11h06.

São Paulo - A véspera de feriado no Brasil, a agenda econômica vazia hoje nos Estados Unidos e a forte alta dos negócios locais na última sexta-feira fazem um convite para um dia de realização de lucros na Bovespa. O sinal negativo que prevalece nos mercados internacionais nesta manhã, digerindo o noticiário vindo da Itália, adicionam o ingrediente que faltava para essa receita. Por volta das 11h30, o Ibovespa oscilava entre leves altas e baixas, e anotava estabilidade às 11h32, aos 58.549 pontos.

O analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira lembra ainda que o mercado financeiro doméstico deve viver um dia de liquidez reduzida, por causa da emenda do feriado nacional, amanhã. Mas, ele avalia que a Bolsa tende a acompanhar os negócios no exterior, que operam na esteira do embolso dos ganhos da semana passada. "A crise da dívida europeia tem novos capítulos nesse fim de semana. Porém, muito ainda precisa ser feito para que os mercados voltem à normalidade", ressalta.

De fato, o fim de semana trouxe muitas novidades, principalmente na Itália. Com a aprovação do pacote de austeridade fiscal exigido pela União Europeia (UE) na Câmara e no Senado italianos, o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, apresentou carta de renúncia no sábado, abrindo caminho para a formação de um governo tecnocrata. Agora, o economista Mario Monti, indicado para assumir o poder em Roma, deve submeter seu novo governo a um voto de confiança no Parlamento, o que deve acontecer até sexta-feira.

Ainda por lá, o Tesouro da Itália pagou mais caro para vender 3 bilhões de euros em títulos de cinco anos, no teto da previsão do lote ofertado. Apesar de uma demanda decente, que superou as propostas ocorridas na operação anterior de mesmos bônus, o yield médio foi de 6,29%, um recorde na era do euro, e acima do porcentual de 5,32% observado no leilão de outubro.

Envolto a esse noticiário, as principais bolsas europeias e os índices futuros em Nova York mostram-se desencorajados mais cedo, com os investidores cientes de que não há soluções fáceis para a crise instalada no Velho Continente. E a Bovespa deve seguir no rastro do exterior, sem a previsão de nenhum outro evento econômico capaz de mudar a rota.

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