Mercados

Bovespa inicia o semestre em alta apoiada em OGX

Ibovespa fechou com alta de 0,62%, aos 54.692,79 pontos

Pregão da Bovespa: o Ibovespa passou toda a manhã em queda e só após o almoço conseguiu mudar de lado e se manter até o final (Germano Lüders/EXAME)

Pregão da Bovespa: o Ibovespa passou toda a manhã em queda e só após o almoço conseguiu mudar de lado e se manter até o final (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2012 às 17h49.

São Paulo - A Bovespa conseguiu encerrar o primeiro dia útil do novo semestre com alta de 0,62%, aos 54.692,79 pontos. No entanto, engana-se quem pensa que isto é uma mudança de tendência. Muito pelo contrário. O semestre é novo, mas os problemas são velhos. E foi justamente mais um assunto do semestre anterior que ajudou a Bolsa a fechar no azul, a OGX. A empresa, que na semana passada foi fortemente prejudicada por uma onda de vendas, nesta segunda-feira recupera parte da queda. Petrobras também deu contribuição positiva, enquanto Vale pesou de forma negativa.

Na mínima, o Ibovespa atingiu 53.961 pontos (-0,72%) e, na máxima, ficou em 54.754 pontos (+0,73%). O giro financeiro foi de R$ 4,816 bilhões.

"Hoje está um dia difícil. Não tem explicação, deve ser fluxo, mas o giro está baixo. Então, o que se vê, são alguns investidores aproveitando o preço baixo de algumas ações e indo às compras. Nem os setores têm direção única hoje", disse um experiente profissional.

O Ibovespa passou toda a manhã em queda e só após o almoço conseguiu mudar de lado e se manter até o final. Ainda segundo uma outra fonte, o avanço do índice nesta segunda-feira é atribuído em grande medida a OGX, que encerrou o dia com valorização de 14,55% - liderando os destaques de alta do índice. Aliás, esse ganho ajudou também as outras empresas do empresário Eike Batista, que figuraram entre os destaques de alta. MMX subiu 3,42% e LLX ganhou 4,52%.


Na semana passada, a ação ON da petroleira caiu cerca de 40%, após a empresa anunciar que a expectativa de produção no Campo de Tubarão Azul ficou muito aquém do estimado pelo mercado.

As ações da Petrobras foram na contramão do exterior e fecharam em alta. O papel ON subiu 0,26% e o PN, +0,60%. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em agosto encerrou com declínio de 1,42%, a US$ 83,75 o barril.

Já as ações da Vale terminaram o dia em direção distinta (ON subiu 0,27% e PNA caiu 0,08%).

No exterior, os dados divulgados reforçam a expectativa que o ritmo de crescimento da economia mundial está baixo. Mas, por outro lado, faz crescer as apostas de que o Banco Central Europeu (BCE) cortará a taxa de juros em 0,25 ponto porcentual, para 0,75%, na quinta-feira. Além disso, também são aguardadas mais medidas de relaxamento monetário para o mesmo dia, na reunião do BOE.

O único destaque positivo da agenda de indicadores dos EUA veio do setor de construção. O Departamento de Comércio do país disse que os investimentos em construção nos EUA aumentaram 0,9% em maio, na comparação com abril.

Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,07%, o S&P 500 subiu 0,25% e o Nasdaq avançou 0,55%.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Biden sai e Kamala entra? Como o turbilhão nos EUA impacta as ações americanas, segundo o BTG

Por que Mohamed El-Erian, guru de Wall Street, está otimista com o cenário econômico

Ibovespa fecha em queda de 1% pressionado por Vale (VALE3)

Balanços da Tesla e Alphabet, Kamala Harris e corte de gastos no Brasil: o que move o mercado

Mais na Exame