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Bovespa fecha no maior patamar desde janeiro de 2013

O Ibovespa subiu 1,5%, a 62.696 pontos, maior nível de fechamento desde 3 de janeiro de 2013 (63.312 pontos)


	Bovespa: o giro financeiro somou 11,8 bilhões de reais, sendo inflado pelo exercício de opções sobre ações
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: o giro financeiro somou 11,8 bilhões de reais, sendo inflado pelo exercício de opções sobre ações (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2016 às 19h10.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou nesta segunda-feira no nível mais alto desde janeiro de 2013, em meio ao bom humor com as perspectivas para o cenário doméstico, em sessão marcada na primeira etapa pelo exercício de opções sobre ações.

O Ibovespa subiu 1,5 por cento, a 62.696 pontos, maior nível de fechamento desde 3 de janeiro de 2013 (63.312 pontos).

O giro financeiro somou 11,8 bilhões de reais, sendo inflado pelo exercício de opções sobre ações, que somou 3,81 bilhões de reais.

O bom humor no mercado local tem permeado as negociações ao longo das últimas sessões, e vem na esteira das expectativas positivas no campo político, com o avanço de medidas econômicas no Congresso Nacional.

Desde o início do mês, o Ibovespa caiu em apenas dois pregões e já acumula alta de 7,4 por cento no período.

"O governo (do presidente Michel) Temer tem mostrado força e, apesar do cenário político bastante conturbado nos últimos meses, tem conseguido manter o cenário otimista recentemente", disse o analista da Guide Investimentos Rafael Ohmachi, acrescentando que o bom humor com a cena política tem ajudado a impulsionar as ações de empresas estatais.

Nesta sessão, Banco do Brasil e Petrobras registraram as maiores altas do índice.

As atenções no front local se voltaram ainda para a reunião de política monetária do Banco Central que define o rumo da Selic na quarta-feira.

O relatório Focus do BC mostrou que economistas de instituições financeiras veem corte de 0,25 ponto percentual neste encontro, enquanto passaram a ver corte maior em novembro, encerrando o ano em 13,50 por cento.

A primeira sessão da semana também marcou a estréia do pregão ampliado em uma hora devido ao horário de verão.

Destaques

- BANCO DO BRASIL subiu 5,86 por cento, refletindo o bom humor com as perspectivas positivas para o governo, que tem beneficiado estatais, e a elevação da recomendação do Credit Suisse para o papel do maior banco do país para neutro. O SANTANDER avançou 2,15 por cento também após a elevação da recomendação do Credit Suisse para neutro.

- EMBRAER subiu 3,52 por cento, mantendo o bom humor do pregão de sexta-feira, após a empresa divulgar aumento na entrega de aeronaves no terceiro trimestre.

- VALE PNA ganhou 2,36 por cento e VALE ON teve alta de 1,22 por cento, na esteira do bom humor mais amplo no mercado e encontrando apoio também na alta do preço do minério de ferro para entrega imediata no porto de Tianjin, na China.

- PETROBRAS PN subiu 3,94 por cento e PETROBRAS ON avançou 2,85 por cento após alta da produção da companhia em setembro, que atingiu recorde no Brasil, com os papéis preferenciais novamente renovando a máxima desde outubro de 2014. Investidores repercutiram ainda a notícia de avanço nas negociações para venda da Liquigás à ULTRAPAR, cujas ações subiram 2,17 por cento.

- CYRELA BRAZIL REALTY caiu 1,85 por cento após a empresa divulgar queda de 26 por cento nos lançamentos do terceiro trimestre na base anual, para 452 milhões de reais, enquanto as vendas líquidas contratadas recuaram 43 por cento, para 573 milhões de reais.

- QUALICORP caiu 4,11 por cento, a maior queda do Ibovespa. No radar dos investidores estava a preocupação com a saúde financeira da Unimed Rio e seus impactos na carteira de beneficiados administrada pela Qualicorp. Segundo operadores, estava agendado para esta segunda-feira mais uma reunião na busca por soluções para a crise na operadora.

- GOL, que não faz parte do Ibovespa, recuou 0,55 por cento, devolvendo os ganhos vistos no início dos negócios, quando chegou a subir 1,5 por cento, após a empresa divulgar a primeira alta anual na demanda por voos domésticos em mais de um ano em setembro.

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