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Bovespa fecha em queda de 1,24% com expectativa do Datafolha

Principal índice da bolsa voltou para o patamar dos 58 mil pontos, em meio a expectativa de nova pesquisa eleitoral


	Bovespa: volume financeiro do pregão desta quinta totalizou 8,5 bilhões de reais
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: volume financeiro do pregão desta quinta totalizou 8,5 bilhões de reais (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 18h01.

São Paulo - A Bovespa fechou em baixa nesta quinta-feira, com seu principal índice acionário voltando ao patamar dos 58 mil pontos, diante da expectativa de divulgação de nova pesquisa sobre a corrida presidencial.

Em uma sessão marcada por ajustes de posições e atenção também ao ambiente internacional, o Ibovespa terminou o dia em baixa de 1,24 por cento, a 58.374 pontos. O volume financeiro do pregão totalizou 8,5 bilhões de reais.

A principal pressão negativa para o índice veio das ações da Petrobras, com a preferencial da estatal encerrando com queda de 3,75 por cento. O papel ordinário cedeu 3,12 por cento.

Na parte da tarde, o Ibovespa ampliou as perdas e chegou a recuar 1,67 por cento na mínima, com profissionais atrelando a piora a especulações sobre pesquisa Datafolha a ser divulgada entre o fim desta quinta e madrugada de sexta-feira. 

Rumores que circularam nas mesas de operações indicavam que o Datalfolha mostraria um cenário mais acirrado entre a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, e Marina Silva (PSB) na simulação de segundo turno.

Em nota, o Credit Suisse citou clientes, principalmente locais, elevando posições nos últimos dias em papéis mais líquidos e financiando parte disso com vendas em nomes como Cielo, Kroton, Estácio e BB Seguridade.

Cena Externa

O sócio da gestora norte-americana NCH Capital James Gulbrandsen também chamou atenção para o quadro internacional, com outros mercados emergentes afetados em meio à incerteza com o referendo sobre a Escócia permanecer ou não no Reino Unido.

"Desde março, o desempenho da bolsa brasileira está bastante correlacionado com o fluxo estrangeiro para mercados emergentes globais, que nesta sessão mostrou alguma fraqueza com a votação na Escócia", disse.

Mais cedo, operadores também citaram ajustes dados na quarta-feira pelo Federal Reserve, banco central norte-americano, sobre o início do processo de normalização das taxas de juros na maior economia do mundo. 

Na visão do economista do JPMorgan Michael Feroli, a manutenção da expressão "tempo considerável" no comunicado do Fed trouxe algum alívio ao mercado de ações, mas o BC norte-americano se mostrou mais preocupado, o que faz com que permaneça a indicação de que elevará juros em 2015.

A valorização do dólar ante o real decorrente dos sinais do Fed e do quadro de incertezas com a Escócia, com a cotação chegando a ultrapassar 2,37 reais durante os negócios, respingou na Bovespa. 

O movimento cambial prejudicava as ações da Gol, mas impulsionava exportadoras como Fibria, Suzano , Braskem, Embraer, Usiminas e Gerdau.

Empresas

Mudanças de recomendação pelo UBS também influenciaram papéis na bolsa, positivamente no caso de Ambev, que passou de "neutra" para "compra", com o preço-alvo subindo de 18 para 19,50 reais; enquanto Marfrig foi rebaixada para "venda" ante "neutra", e o preço-alvo caiu de 7,50 para 6,70 reais. 

Ainda no front corporativo, a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida pelo governo federal em 350 mil unidades impulsionou MRV Engenharia na abertura, mas os papéis perderam o fôlego ainda no fim da manhã, fechando em queda.

Na sexta-feira rebalanceamento do índice FTSE, com a saída dos papéis ordinários de Itaú Unibanco e preferenciais da Klabin. Entram na carteira teórica Estácio, Qualicorp, Via Varejo, Klabin e B2W.

Texto atualizado com informações do fechamento do mercado às 17h59min do mesmo dia.

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