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Bovespa fecha em queda com cenário externo

A bolsa paulista fechou no vermelho após sessão volátil marcada por vencimentos de contratos de derivativos do Ibovespa


	Bolsa de valores de São Paulo, a Bovespa: queda teve como pano de fundo a fraqueza de commodities e dos pregões em Wall Street
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bolsa de valores de São Paulo, a Bovespa: queda teve como pano de fundo a fraqueza de commodities e dos pregões em Wall Street (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2015 às 17h51.

São Paulo - A bolsa paulista fechou no vermelho nesta quarta-feira, após sessão volátil marcada por vencimento de contratos de opções e futuros do Ibovespa, tendo como pano de fundo a fraqueza de commodities e de Wall Street, bem como o cenário político ainda conturbado no Brasil.

O Ibovespa caiu 1,38 por cento, a 46.710 pontos. O giro financeiro totalizou 15,87 bilhões de reais, inflado pelas operações relacionadas aos vencimentos do Ibovespa.

Na véspera, o índice de referência do mercado acionário caiu 4 por cento, o maior declínio desde 2014, em sessão de forte correção após nove altas seguidas, sustentadas principalmente pelo fluxo positivo de investidores externos.

Nesta sessão, dados sobre a inflação na China evidenciando a desaceleração econômica daquele país minaram o humor nos mercados globais desde cedo, com balanços trimestrais e números sobre a economia norte-americana pesando ainda sobre Wall Street.

O índice acionário norte-americano S&P 500 fechou em baixa de 0,47 por cento.

Do cenário local, a falta de perspectivas de uma definição no panorama político seguiu adicionando pressão, com agentes financeiros monitorando movimentos ligados à abertura de eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

DESTAQUES

=ITAÚ UNIBANCO esboçou retomada, mas perdeu o fôlego e fechou com queda de 0,93 por cento, após registrar na véspera a maior queda do ano com preocupações sobre perspectivas para o setor bancário diante do quadro macroeconômico adverso. BRADESCO recuou 0,53 por cento.

=PETROBRAS também ensaiou reação após forte declínio da véspera, mas sucumbiu à volatilidade dos preços do petróleo e fechou em queda de 2,85 por cento nas ordinárias e de 2,09 por cento nas preferenciais.

=VALE sustentou a recuperação e fechou com as ações ordinárias em alta de 0,65 por cento, após queda de mais de 10 por cento na véspera, apesar do recuo dos preços do minério de ferro na China e números desfavoráveis sobre a economia chinesa. As preferenciais de classe A terminaram com acréscimo de 1,34 por cento.

=BM&FBOVESPA caiu 3,99 por cento e exerceu um dos maiores pesos negativos no Ibovespa. Relatórios das corretoras de dois bancos com relevante presença no mercado brasileiro nesta quarta-feira citaram vendas por estrangeiros do papel na véspera. No ano, a ação ainda acumula alta de quase 20 por cento.

=NATURA subiu 1,76 por cento e ficou entre as maiores altas, em meio a cobertura de posições vendidas dada a situação do papel no mercado de aluguel, figurando na lista das ações difíceis de alugar. A empresa divulga balanço trimestral na próxima semana.

=RUMO ALL caiu 7,18 por cento, liderando as perdas do Ibovespa, no segundo dia de queda, após série de quatro altas em que acumulou um ganho de quase 45 por cento.

=FIBRIA ganhou 1,47 por cento, em meio a relatórios positivos para a divulgação dos resultados do setor de papel e celulose no terceiro trimestre. SUZANO PAPEL E CELULOSE, apesar das perspectivas também favoráveis, cedeu 0,82 por cento, após ter disparado mais de 9 por cento na terça-feira.

Texto atualizado às 17h51
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