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Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2010 às 14h56.
Por Sueli Campo
São Paulo - Na estreia das novas ações de Petrobras na Bolsa, após a megacapitalização da petrolífera que movimentou R$ 120,360 bilhões, os investidores deram continuidade ao processo de ajuste de preços dos papéis. E, mais uma vez, Vale fez a diferença pelo lado positivo (PNA +2,10% e ON +1,83%), ainda repercutindo o programa de recompra de ações e a remuneração aos acionistas anunciados na sexta-feira, e ajudou a impulsionar a alta de 0,91% do Ibovespa, aos 68.815,97 pontos. Esse é o maior nível atingido pela Bolsa em cinco meses.
O mercado acionário doméstico conseguiu fechar com ganhos a despeito da realização de lucros em Nova York, após quatro semanas consecutivas de avanço.
Durante o pregão vespertino, a Bovespa testou as máximas intraday, escalando 1,07%, se aproximando dos 69 mil pontos, ao mesmo tempo em que as preferenciais de Petrobras tentavam se firmar em alta, o que de fato acabou se confirmando. A PN subiu 0,76% e a ON teve valorização expressiva, de 2,02%, escoltadas mais uma vez por giro financeiro robusto, de R$ 2,144 bilhões, equivalente a 31% do volume total da Bolsa, de R$ 6,856 bilhões.
Entre os motivos citados para a instabilidade observada nos papéis de Petrobras hoje estão ainda a venda de ações por parte de investidores que levaram mais papéis do que o desejado e a ação dos flippers (investidores que vendem no curtíssimo prazo para embolsar lucros) em cima das preferenciais, justamente onde a participação dos investidores de varejo foi maior. Nas ordinárias, que oscilaram menos nesta segunda-feira, a atuação dos flippers é bem menor porque o governo subscreveu a maior parte dos papéis.
Nos EUA, o índice Dow Jones recuou 0,44%; o S&P 500 cedeu 0,57% e o Nasdaq -0,48%, num dia fraco em termos de indicadores econômicos, o que contribuiu para essa correção de preços.