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Bovespa supera 60 mil pontos pela 1ª vez em dois anos

O Ibovespa subiu 0,95%, a 60.129 pontos, maior nível desde 5 de setembro de 2014


	Bovespa: o pregão brasileiro acompanhou as oscilações em Wall Street, que fechou no azul
 (Germano Lüders / EXAME)

Bovespa: o pregão brasileiro acompanhou as oscilações em Wall Street, que fechou no azul (Germano Lüders / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2016 às 18h23.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta terça-feira, superando os 60 mil pontos pela primeira vez em dois anos, após sessão volátil antes do feriado do Dia da Independência no Brasil.

O Ibovespa subiu 0,95 por cento, a 60.129 pontos, maior nível desde 5 de setembro de 2014. No pior momento da sessão, o índice caiu 0,64 por cento. O volume financeiro na sessão atingiu 6,56 bilhões de reais.

O pregão brasileiro acompanhou as oscilações em Wall Street, que fechou no azul após novos dados econômicos reforçarem as apostas de que o Federal Reserve pode não elevar os juros no curto prazo.

O quadro político e desdobramentos ligados ao ajuste fiscal seguiram no radar, bem como o noticiário corporativo e a ata do Copom publicada mais cedo, que, na visão do UBS, deixou aberta a porta para um corte da Selic em outubro.

Destaques

- BRADESCO PN subiu 1,04 por cento, com quase todas as ações de bancos do Ibovespa no azul, um dia após divulgar proposta de aumento da idade limite para o cargo de diretor-presidente e aprovação da cisão parcial do HSBC Brasil. ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 0,95 por cento e BANCO DO BRASIL ON avançou 2,26 por cento, enquanto as units do SANTANDER caíram 1,15 por cento.

- KROTON ON valorizou-se 4,08 por cento e ESTÁCIO ON avançou 5,68 por cento, as duas em destaque na ponta positiva do Ibovespa. As duas companhias estão em processo de fusão. No final de agosto as companhias apresentaram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) o ato de concentração referente à combinação dos negócios.

- EMBRAER ON subiu 3,59 por cento, no oitavo pregão no azul. O papel é um dos poucos que acumula perdas em 2016 e no mês passado tocou mínima intradia desde janeiro de 2013. Nesta terça-feira, a rival Bombardier afirmou que sua receita anual ficará abaixo da faixa de estimativa diante de atrasos na entrega de motores pela fornecedora Pratt & Whitney. Procurada, a Embraer afirmou que o desenvolvimento de seus jatos E2 não deve sofrer impacto decorrentes dos problemas da fornecedora.

- VALE PNA apreciou-se 2,12 por cento e VALE ON ganhou 2,07 por cento, apesar da debilidade dos preços do minério de ferro à vista na China.

- JBS ON fechou em baixa de 1,7 por cento, após ter recuado mais de 8 por cento no pior momento pela manhã, ainda pressionada pela decisão da Justiça Federal de Brasília de afastar os irmãos e empresários Wesley e Joesley Batista, controladores de várias empresas incluindo a processadora de carnes, de função de direção de qualquer empresa ou grupo empresarial.

- PETROBRAS ON caiu 0,5 por cento, mas PETROBRAS PN subiu 1,08 por cento, renovando máxima de fechamento desde maio de 2015, tendo como pano de fundo o fechamento divergente dos contratos do petróleo. A companhia fechou acordo para vender 90 por cento de sua participação na unidade de gasodutos Nova Transportadora do Sudeste (NTS) para investidores liderados pela Brookfield Asset Management, por 5,2 bilhões de dólares, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto.

- TIM ON subiu 3,35 por cento, em meio à divulgação do plano de recuperação judicial da rival OI, que inclui proposta de venda de ativos. Ações ordinárias da Oi caíram 6,9 por cento e as preferenciais despencaram 17 por cento, após fortes ganhos nos dois pregões anteriores. As ações da Oi não fazem parte do Ibovespa. - FORJAS TAURUS , que não está no Ibovespa, recuou 7,69 por cento, após a Reuters divulgar que a empresa vendeu armamento para um conhecido traficante de armas iemenita, de acordo com documentos judiciais.

Texto atualizado às 18h04

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