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Bovespa fecha em alta de 0,49% após cinco quedas

A Bovespa fechou em alta, quebrando uma série de cinco pregões de perdas

Bovespa: o giro financeiro na bolsa totalizava 6,3 bilhões de reais (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2015 às 19h02.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta nesta terça-feira, quebrando uma série de cinco pregões de perdas, após a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) desistir de propor o fim do benefício fiscal do mecanismo de juros sobre capital próprio em relatório sobre medida provisória que trata da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O Ibovespa subiu 0,49 por cento, a 47.451 pontos. Na máxima, contudo, o índice chegou a subir 1,8 por cento, após ter recuado 1,15 por cento na mínima, pela manhã.

O giro financeiro totalizou 6,9 bilhões de reais. Nas cinco sessões anteriores, a queda acumulada superou 4 por cento. A proposta de retirar em etapas o JCP estava no relatório da senadora sobre Medida Provisória 675, que trata do aumento da CSLL de instituições financeiras e começou a ser analisado em comissão mista do Congresso Nacional nesta terça-feira.

A alteração do relatório de Gleisi reverteu o viés negativo no pregão no início da tarde, impulsionando principalmente ações de empresas que pagam elevados dividendos, muitas vezes sob a forma de JCP e estariam entre as mais prejudicadas.

Análise recente o BTG Pactual, considerando o universo de 39 empresas sob sua cobertura, estimou declínio médio de 8 por cento dos lucros e de 8,7 por cento dos preços-alvos em 2018, ano previsto para o fim do JCP na proposta inicial da senadora.

A desaceleração dos ganhos no final do pregão, contudo, sugerem que incertezas persistem no mercado, particularmente após a senadora afirmar que o Ministério da Fazenda estuda proposta para a retirada do benefício e que ela apresentará no Senado um projeto de lei de sua autoria para eliminar o JCP.

O quadro externo desfavorável também limitou uma reação mais forte na Bovespa, com o índice acionário norte-americano S&P 500 caindo 0,26 por cento, pressionado por resultados corporativos e o recuo de ações de energia, além de preocupações renovadas com a China.

DESTAQUES

=ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO fecharam em alta de 1,67 e 1,89 por cento, respectivamente, revertendo perdas iniciais, impulsionados pela decisão da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) retirar do seu relatório proposta para o fim gradual dos juros sobre capital próprio. De acordo com análise do BTG Pactual, o setor está entre os setores mais afetados por um eventual fim de JCP. Investidores monitoram agora o desfecho da proposta da senadora de elevar a alíquota da CSLL para 23 por cento, contra 20 por cento na proposta original do governo. SANTANDER BRASIL avançou 2,37 por cento.

=BANCO DO BRASIL subiu 3,37 por cento, amparado na notícia sobre JCP, bem como na divulgação pela instituição de que seu plano de aposentadoria incentivada lançado em junho teve 4.992 adesões. "Consideramos isso como ligeiramente positivo para o Banco do Brasil, uma vez que é um sinal de que o banco continua a buscar melhora da eficiência", disseram analistas do Itaú BBA em nota a clientes.

=BM&FBOVESPA ganhou 2,2 por cento, também amparada na perspectiva de menor chance de término do benefício fiscal via JCP, assim como AMBEV, que subiu 1,24 por cento, TELEFÔNICA BRASIL, com alta de 3,08 por cento.

=JBS subiu 3,56 por cento, em sessão de recuperação, após perder 8,6 por cento nos últimos dois pregões.

=VALE terminou com as preferenciais em queda de 2,67 por cento, mesmo após as notícias sobre JCP, sendo que a empresa seria uma das mais impactadas pela término do mecanismo. Dados desfavoráveis sobre vendas e produção no setor siderúrgico endossaram o quadro desfavorável para a mineradora, com o noticiário na China, onde a bolsa voltou a despencar, reforçando o tom negativo para os papéis.

=CSN caiu 4,34 por cento e ficou entre as maiores quedas do Ibovespa, após dados considerados fracos sobre a indústria de aço e com relatório do Goldman Sachs cortando o preço-alvo de 2,7 para 2,4 reais, enquanto reiterou a recomendação de venda. "Os resultados da CSN mais fracos do que o esperado no segundo trimestre reforçam a nossa visão baixista sobre a ação, uma vez que a geração de fluxo de caixa livre deve continuar a se deteriorar, aumentando a alavancagem a níveis que consideramos insustentáveis", disse em nota a clientes.

=USIMINAS perdeu 4 por cento, após o Sindisider, órgão que representa o setor siderúrgico, divulgar queda de quase 30 por cento nas vendas de aços planos por distribuidores em julho na base anual. O Credit Suisse disse em nota que os dados endossam a percepção dos analistas da casa de que a demanda não atingiu seu piso. "Não vimos qualquer sinal claro de recuperação ainda." O Instituto Aço Brasil (IABr), por sua vez, disse que a produção brasileira de aço bruto em julho caiu 3,1 por cento sobre o resultado de um ano antes.

=MRV recuou 4,23 por cento, após fortes ganhos recentes, conforme o mercado segue na expectativa do projeto de lei que altera a remuneração do FGTS, importante financiador do setor de habitação. O relator na Câmara dos Deputados do projeto, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concordou em fazer mudanças no texto que prevê que os valores depositados no fundo tenham o mesmo índice de correção da poupança, disse na terça-feira o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

Texto atualizado às 19h01

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São Paulo - A Bovespa fechou em alta nesta terça-feira, quebrando uma série de cinco pregões de perdas, após a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) desistir de propor o fim do benefício fiscal do mecanismo de juros sobre capital próprio em relatório sobre medida provisória que trata da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O Ibovespa subiu 0,49 por cento, a 47.451 pontos. Na máxima, contudo, o índice chegou a subir 1,8 por cento, após ter recuado 1,15 por cento na mínima, pela manhã.

O giro financeiro totalizou 6,9 bilhões de reais. Nas cinco sessões anteriores, a queda acumulada superou 4 por cento. A proposta de retirar em etapas o JCP estava no relatório da senadora sobre Medida Provisória 675, que trata do aumento da CSLL de instituições financeiras e começou a ser analisado em comissão mista do Congresso Nacional nesta terça-feira.

A alteração do relatório de Gleisi reverteu o viés negativo no pregão no início da tarde, impulsionando principalmente ações de empresas que pagam elevados dividendos, muitas vezes sob a forma de JCP e estariam entre as mais prejudicadas.

Análise recente o BTG Pactual, considerando o universo de 39 empresas sob sua cobertura, estimou declínio médio de 8 por cento dos lucros e de 8,7 por cento dos preços-alvos em 2018, ano previsto para o fim do JCP na proposta inicial da senadora.

A desaceleração dos ganhos no final do pregão, contudo, sugerem que incertezas persistem no mercado, particularmente após a senadora afirmar que o Ministério da Fazenda estuda proposta para a retirada do benefício e que ela apresentará no Senado um projeto de lei de sua autoria para eliminar o JCP.

O quadro externo desfavorável também limitou uma reação mais forte na Bovespa, com o índice acionário norte-americano S&P 500 caindo 0,26 por cento, pressionado por resultados corporativos e o recuo de ações de energia, além de preocupações renovadas com a China.

DESTAQUES

=ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO fecharam em alta de 1,67 e 1,89 por cento, respectivamente, revertendo perdas iniciais, impulsionados pela decisão da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) retirar do seu relatório proposta para o fim gradual dos juros sobre capital próprio. De acordo com análise do BTG Pactual, o setor está entre os setores mais afetados por um eventual fim de JCP. Investidores monitoram agora o desfecho da proposta da senadora de elevar a alíquota da CSLL para 23 por cento, contra 20 por cento na proposta original do governo. SANTANDER BRASIL avançou 2,37 por cento.

=BANCO DO BRASIL subiu 3,37 por cento, amparado na notícia sobre JCP, bem como na divulgação pela instituição de que seu plano de aposentadoria incentivada lançado em junho teve 4.992 adesões. "Consideramos isso como ligeiramente positivo para o Banco do Brasil, uma vez que é um sinal de que o banco continua a buscar melhora da eficiência", disseram analistas do Itaú BBA em nota a clientes.

=BM&FBOVESPA ganhou 2,2 por cento, também amparada na perspectiva de menor chance de término do benefício fiscal via JCP, assim como AMBEV, que subiu 1,24 por cento, TELEFÔNICA BRASIL, com alta de 3,08 por cento.

=JBS subiu 3,56 por cento, em sessão de recuperação, após perder 8,6 por cento nos últimos dois pregões.

=VALE terminou com as preferenciais em queda de 2,67 por cento, mesmo após as notícias sobre JCP, sendo que a empresa seria uma das mais impactadas pela término do mecanismo. Dados desfavoráveis sobre vendas e produção no setor siderúrgico endossaram o quadro desfavorável para a mineradora, com o noticiário na China, onde a bolsa voltou a despencar, reforçando o tom negativo para os papéis.

=CSN caiu 4,34 por cento e ficou entre as maiores quedas do Ibovespa, após dados considerados fracos sobre a indústria de aço e com relatório do Goldman Sachs cortando o preço-alvo de 2,7 para 2,4 reais, enquanto reiterou a recomendação de venda. "Os resultados da CSN mais fracos do que o esperado no segundo trimestre reforçam a nossa visão baixista sobre a ação, uma vez que a geração de fluxo de caixa livre deve continuar a se deteriorar, aumentando a alavancagem a níveis que consideramos insustentáveis", disse em nota a clientes.

=USIMINAS perdeu 4 por cento, após o Sindisider, órgão que representa o setor siderúrgico, divulgar queda de quase 30 por cento nas vendas de aços planos por distribuidores em julho na base anual. O Credit Suisse disse em nota que os dados endossam a percepção dos analistas da casa de que a demanda não atingiu seu piso. "Não vimos qualquer sinal claro de recuperação ainda." O Instituto Aço Brasil (IABr), por sua vez, disse que a produção brasileira de aço bruto em julho caiu 3,1 por cento sobre o resultado de um ano antes.

=MRV recuou 4,23 por cento, após fortes ganhos recentes, conforme o mercado segue na expectativa do projeto de lei que altera a remuneração do FGTS, importante financiador do setor de habitação. O relator na Câmara dos Deputados do projeto, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concordou em fazer mudanças no texto que prevê que os valores depositados no fundo tenham o mesmo índice de correção da poupança, disse na terça-feira o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

Texto atualizado às 19h01
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